O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana (Podemos-MG), informou nessa terça-feira (2) que levará à votação o requerimento que pede a convocação de Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho de Luiz Inácio Lula da Silva.
A demanda foi apresentada pelo partido Novo e deverá ser analisada pela comissão na próxima quinta-feira (4/12). O parlamentar reforçou que a sessão ocorrerá de forma ‘transparente’ e com votação nominal.
“Cada requerimento será votado individualmente, para que o Brasil veja, com total transparência, como cada parlamentar votou”, registrou Viana em publicação no X (antigo Twitter).
O senador também divulgou um comunicado oficial confirmando a inclusão do pedido na pauta: “Anuncio que a convocação de Fábio Luís Lula da Silva para depor na CPMI do INSS já está na pauta desta quinta-feira. E deixo claro: cada requerimento será votado individualmente”.
A solicitação do Novo se apoia em movimentações financeiras que, segundo o partido, levantam suspeitas de ligação entre pessoas ligadas ao presidente e operadores da chamada “Farra do INSS”, um esquema bilionário de fraudes envolvendo benefícios previdenciários.
A sigla cita especificamente o dirigente petista Ricardo Bimbo, que teria recebido mais de R$ 8,4 milhões de uma empresa relacionada ao esquema e, no mesmo intervalo, efetuado o pagamento de um boleto ao contador de Lulinha.
Esse contador, conforme lembra o Novo, é alvo da Operação Fim da Linha, que apura supostos crimes de lavagem de dinheiro.
Por isso, os deputados Marcel van Hattem (Novo-RS), Eduardo Girão (Novo-CE), Adriana Ventura (Novo-SP) e Luiz Lima (Novo-RJ) defendem que a CPMI amplie o escopo das apurações e investigue “todas as conexões políticas e financeiras, sem blindagens”.
Para eles, ouvir Lulinha é essencial para esclarecer se sua estrutura contábil pode ter sido utilizada de alguma forma no esquema ou se há qualquer vínculo indireto que ainda precise ser esclarecido.
A comissão já rejeitou anteriormente um pedido de convocação envolvendo outro parente do presidente Lula. Em outubro, os parlamentares barraram a ida de José Ferreira da Silva, o Frei Chico, irmão do chefe do Executivo.
Ele ocupou o cargo de vice-presidente do Sindnapi, entidade hoje implicada no esquema de fraudes contra o INSS, mas não figura como investigado pela Polícia Federal.
Com a inclusão do novo requerimento na pauta, cresce a expectativa sobre como os integrantes da CPMI vão se posicionar.
(Foto: EBC; Fonte: CNN)





