Para Joaquim Roriz Neto, adiamentos não passam de estratégia do PT para inviabilizar a instalação da Comissão
Há um dia da esperada definição dos nomes que irão presidir e relatar a CPI que investigará os atos de terrorismo que destruíram as sedes dos Três Poderes e vandalizou ônibus e veículos particulares, nos dias 12 de dezembro e 8 de janeiro, o clima segue tenso na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF). Nos bastidores, os comentários são de que o adiamento seria parte de uma estratégia para tentar acabar com a Comissão, antes mesmo de sua instalação.
O acordo inicial, firmado entre base e oposição, estabelecia os nomes de Daniel de Castro (PP), para a presidência, Chico Vigilante (PT), como vice, e Hermeto, como relator (MDB). No entanto, o trato foi rompido na última quarta-feira (1º), minutos antes da instalação da CPI.
Vigilante divergiu dos pares ao destacar que não aceitaria dois aliados do governador Ibaneis Rocha nos cargos principais do grupo. Em retaliação, afirmou que o PT deixaria o colegiado, caso ele não assumisse a relatoria ou a presidência. Tudo na contramão dos acertos que começaram ainda em janeiro.
Para o deputado Joaquim Roriz Neto (PL), membro da CPI e defensor de Ibaneis, a estratégia não passa de teatro para inviabilizar os trabalhos. “Todos sabem que o PT não quer a investigação. Nem a bancada local, nem o governo federal”, declarou.
Ainda de acordo com o distrital, “chega a ser estranho aqueles que deveriam ser os principais interessados na investigação lutarem tanto para engavetá-la. Gostaria de entender que medo é esse da apuração”, indagou. “A grande verdade é que a oposição pediu a CPI achando que o interventor encontraria motivos para punir o governador Ibaneis Rocha. Entretanto, como o próprio parecer de Ricardo Capelli afastou essa possibilidade, agora o PT quer acabar com a Comissão”, alfinetou.
Na última sessão, após o novo adiamento, Chico Vigilante afirmou que “eu quero que tenha investigação, tanto que quero ser o relator, pois sou o que mais tem experiência para isso”. No entanto, disse que não fica no grupo se não aceitarem.
Fábio Félix (PSol) já adiantou que o bloco formado pelo partido com o PSB não sairá do colegiado formado para apurar os ataques.
A previsão é que os nomes indicados sejam conhecidos na sessão desta terça-feira (7), assim que a comissão for instalada. Há quem duvide que a pauta avance.
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