A coronel Cíntia Queiroz de Castro, subsecretária de Operações Integradas da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), pediu afastamento do cargo nesta quinta-feira (7). Ela é um dos dois únicos membros da Polícia Militar do DF que foram indiciados pela CPI dos Atos Antidemocráticos da Câmara Legislativa do DF, que investigou os atos do 8 de janeiro.
O pedido de afastamento de Cíntia foi publicado no Diário Oficial do DF. Ela ficará afastada até 14 de janeiro, alegando motivos de saúde.
No relatório final da CPI, o deputado distrital Hermeto (MDB) recomendou o indiciamento de Cíntia e do coronel Marcelo Casimiro Vasconcelos Rodrigues, ex-comandante do 1º Comando de Policiamento Regional.
Hermeto acusou Cíntia e Casimiro de terem informação privilegiada sobre os riscos das manifestações do 8 de janeiro e de não terem tomado as medidas necessárias para evitar os atos de vandalismo que ocorreram na ocasião.
Em depoimento à CPI, Cíntia negou que tenha havido falha de planejamento por parte da SSP-DF. Ela afirmou que o protocolo de ações integradas elaborado pela subsecretaria previa todos os cenários possíveis e que a falha ocorreu na execução do plano pela Polícia Militar.
No entanto, o relatório da CPI concluiu que o protocolo elaborado por Cíntia era “insuficiente” e que a subsecretária “não cumpriu seu papel de coordenação das forças de segurança”.
O afastamento de Cíntia é mais um capítulo na crise que envolve a Polícia Militar do DF desde os atos do 8 de janeiro. Além dela e de Casimiro, outros sete policiais militares foram presos acusados de envolvimento nos atos.