Convocado às pressas, embaixador Húngaro “desdenha” da diplomacia brasileira

Jair Bolsonaro já disse que se sente 'irmão' de Viktor Orbán Imagem: GETTY IMAGES/UOL

Num ato desesperado de tentar incriminar Bolsonaro a qualquer custo, o governo Lula mandou o Itamarati convocar o embaixador da Hungria no Brasil, em caráter de urgência, Miklos Halmai, que ficou calado

A tentativa de criar mais uma narrativa furada acabou sendo mais um tiro no pé do desgoverno petista. Apesar de Miklos Halmai já ter sido convocado a dar explicações sobre intromissões do presidente Viktor Orbán na política interna do Brasil em uma postagem em suas redes sociais, dessa vez o embaixador ficou de boca fechada e, literalmente, “cagou” para a chefe do departamento que se ocupa da Europa, embaixadora Maria Luisa Escorel, já que não foi recebido pelo Chanceler brasileiro Mauro Vieira.

A reunião durou apenas 20 minutos. Halmai escutou a embaixadora brasileira, permaneceu em silêncio e em permanente contato com seus superiores em Budapeste. Depois foi embora.

O Ministério de Relações Exteriores convocou, com urgência, o embaixador para dar explicações sobre a guarida de dois dias que deu ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no começo de fevereiro, logo após seu passaporte ter sido apreendido por ordem do STF e dois de seus principais assessores terem sido presos por determinação do ministro Alexandre de Moraes. O caso veio à tona nesta segunda-feira (25) após a publicação de uma reportagem que mostra vídeos do ex-chefe de Estado brasileiro chegando à representação diplomática e se instalando lá.

Segundo a Revista Fórum, “como investigado por tentativa de golpe de Estado, por falsificar documentos sanitários e pelo caso das joias e objetos valiosos do acervo da Presidência da República, Jair Bolsonaro é um ator político envolto em problemas com a Justiça, o que configura um problema interno brasileiro. As ações de Orbán e da Hungria têm sido vistas como uma inequívoca intromissão de uma nação estrangeira em assuntos domésticos, o que é condenável e vetado nas relações diplomáticas entre Estados “amigos””.

Artigo anteriorMossoró lança dois novos viadutos em Valparaíso ao custo de R$ 8,6 milhões
Próximo artigoAções do Dia D de combate à dengue recolhem 17 mil toneladas de lixo