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Construção Civil do Distrito Federal aquece mercado na retomada da economia pós-pandemia

Setor deve registrar, em 2021, o maior crescimento dos últimos 10 anos

Apesar da retração econômica causada pela pandemia da Covid-19, a construção civil se destacou e deve registrar, em 2021, o maior crescimento dos últimos 10 anos. A análise faz parte do levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC).

A expectativa é que o setor tenha uma alta de de 5% no Produto Interno Bruto (PIB) este ano e, para os próximos seis meses, de acordo com a CBIC, todas as expectativas do setor permanecem positivas: nível de atividade, novos empreendimentos, compras de insumos e contratações (número de empregos).

No Distrito Federal não é diferente. O cenário é positivo e a construção já ajuda na retomada econômica com o mercado aquecido.

Setores como o Noroeste são exemplos do bom resultado do setor, na opinião do presidente da Associação de Empresas do Mercado Imobiliário do Distrito Federal (Ademi-DF), Eduardo Aroeira.

“O setor da construção tem grande potencial para induzir crescimento pela geração de emprego formal e renda. Antes da pandemia, nosso setor empregava 58 mil pessoas, hoje são 82 mil trabalhadores”, pontua Aroeira.

Geração de empregos

Dados do Novo Caged, divulgados pelo Ministério do Trabalho, mostraram que a construção civil gerou, de janeiro a agosto de 2021, quase 238 mil novos postos de trabalho com carteira assinada.

Com estes números, a indústria da construção registra o melhor patamar de mão de obra desde o final de 2015, chegando a 2,5 milhões de trabalhadores com carteira assinada em agosto deste ano.

Mesmo durante a pandemia, a geração de emprego e contratação de mão de obra não parou durante a pandemia na construtora Lotus. Um dos proprietários da empresa, Ruy Hernandez, explica que a crise não se manteve em relação à compra de imóveis.

A construtora já conta com 8 empreendimentos no portfólio de lançamentos e entregas desde que foi lançada, em 2018. “Apesar da crise, o mercado residencial teve certa resiliência e crescimento real. O mercado para moradia está aquecido e percebemos que continuará”, avalia Hernandez.

Segundo outro proprietário da Lotus, Luiz Fernando Hernandez, as obras não pararam em 2020 e 2021 e estão a todo vapor, tanto no Noroeste quanto em outros locais de Brasília e fora do Brasil. Durante a pandemia, a construtora iniciou sua primeira obra fora do país, em Miami, Flórida, nos Estados Unidos. “E acabamos de dar início a um empreendimento comercial, o Lotus prime na QL 8 do Lago Sul. Esse prédio comercial possui o que há de mais atual em arquitetura, tecnologia e sustentabilidade”, ressalta Hernandez.

“Consideramos o momento muito favorável para a construção civil. Continuamos otimistas com o mercado e vamos continuar com nosso planejamento de expansão”, informa.

Mercado imobiliário

A expectativa é de uma alta no setor imobiliário, segundo a Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário. A estimativa é que o valor geral de vendas, em todo o país, deve chegar a R$ 99 bilhões neste ano. O montante é 12,5% maior que o registrado no ano passado.

“A construção tem sido carro-chefe na cadeia de negócios e acreditamos que a expectativa é ainda melhor para os próximos anos”, finaliza Hernandez.

O valor geral de lançamentos imobiliários, apenas no segmento residencial, atingiu neste ano R$ 3,2 bilhões, aumento de 65% em relação a 2020, com geração de 24 mil empregos.

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