Quatro nomes ligados ao governador reeleito, Ibaneis Rocha (MDB), ganham força para assumir o cargo na próxima legislatura. Mas esse quadro pode ter mudanças até janeiro, com a entrada de novos concorrentes
Menos de uma semana depois do segundo turno das eleições presidenciais, as especulações em torno da Mesa Diretora da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) para 2023, movimentam a política local. Apuração feita pelo Correio aponta que alguns dos nomes começam a ser cogitados: Hermeto (MDB); Iolando (MDB); Robério Negreiros (PSD); e Wellington Luiz (MDB).
A reportagem também obteve informações de que as preferências do governador reeleito no DF, Ibaneis Rocha (MDB), são para os deputados Hermeto e Wellington Luiz — com o último correndo por fora na disputa. Vale lembrar que, mesmo com esses distritais sendo os mais citados, é possível que outro parlamentar seja escolhido como o próximo comandante da Câmara Legislativa, levando em conta as mudanças que podem acontecer até o início do biênio 2023-2024. É o caso de Paula Belmonte (Cidadania) e Eduardo Pedrosa (União).
Confira um perfil dos mais cotados a assumir a presidência da CLDF:
Hermeto (MDB)
João Hermeto de Oliveira Neto nasceu em 3 de novembro de 1965, é natural de Ipu, no Ceará, e veio para Brasília ainda criança com a mãe e os seis irmãos. Cresceu nas regiões da Candangolândia e do Núcleo Bandeirante. Conquistou a reeleição na CLDF com 20.332 votos, após ter sido eleito, em 2018, pelo PHS.
Hermeto ingressou na Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), onde alcançou o posto de subtenente. Como militar, continuou atuando na região onde mora e foi se envolvendo com a política até ser convidado pela primeira vez para ser administrador da cidade. Com a repercussão positiva do trabalho, se lançou ao desafio de chegar à Câmara Legislativa e, com 11.552 votos, foi eleito deputado distrital pela primeira vez na eleição de 2018.
No primeiro mandato, conquistou a cadeira de presidente da Comissão de Assuntos Fundiários (CAF), além de se tornar Corregedor da CLDF e braço direito do governador Ibaneis Rocha (MDB), atuando como líder de governo na Casa. Em 2019, foi designado membro da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre feminicídio.
Defende pautas da segurança pública e em favor da comunidade. É autor de 25 leis, como o Medicamento em Casa, Programa Cidade Segura e é o idealizador do projeto Escola Parque da Natureza e Esporte. O distrital também desenvolveu ações de combate ao coronavírus.
Iolando (MDB)
Iolando Almeida nasceu em Brasília, em 25 de novembro de 1969. Filho de pais nordestinos, ele é casado e tem dois filhos. É militar reformado da Força Aérea Brasileira (FAB), foi líder comunitário de Brazlândia, cidade onde nasceu, e passou 10 anos como assessor parlamentar na CLDF. Se declara defensor das causas sociais e é contra a legalização das drogas e do aborto. Foi eleito em 2018 pelo PSC e, agora, assume novo mandato pelo MDB, após receber 20.757 votos.
É o atual primeiro-secretário da Mesa Diretora da CLDF. Graduado em teologia e filosofia pela Universidade Católica de Brasília, o distrital é membro da igreja evangélica Assembleia de Deus de Brasília. Fundou a União Brasileira de Pessoa com Deficiência para ajudar o segmento.
Em 2006, Iolando deu início a sua trajetória política e foi eleito em 2018. Foi por iniciativa do deputado Iolando junto ao Governo do Distrito Federal a criação da primeira Secretaria da Pessoa com Deficiência no Distrito Federal, um marco para o segmento da pessoa com deficiência. Também foi eleito primeiro-secretário da Mesa Diretora da Casa para o biênio 2019/20 e reeleito para o atual biênio 2021/22.
Robério Negreiros (PSD)
Robério Negreiros nasceu em Brasília em 7 de setembro de 1978, é casado com Flávia Negreiros e pai de três filhas. Está indo para o seu quarto mandato parlamentar consecutivo na CLDF. Em 2022, foi eleito com 31.4341 votos. Foi indicado por Ibaneis Rocha para ocupar o cargo de vice-líder do Governo do Distrito Federal na Casa.
Na eleição de 2010, Negreiros concorreu a deputado distrital pelo então Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB) e ficou na primeira suplência, com 9.256 votos. Em janeiro de 2012, assumiu o cargo por conta da cassação do mandato de Benício Tavares, pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Robério Negreiros é formado em direito pelo Ceub. Antes de se tornar parlamentar, ele ocupou os cargos de assessor parlamentar e de assessor especial junto à presidência da Caesb.
Também foi presidente da Comissão de Desenvolvimento Econômico, Meio Ambiente e Turismo, entre 2011 e 2012; foi presidente da Comissão de Segurança de 2012 a 2014; e foi vice-presidente da Comissão de Constituição e Justiça nos anos de 2011 e 2012. Está em seu terceiro mandato consecutivo na 2ª Secretaria da Mesa Diretora, onde cuida do Orçamento, Administração e Finanças do Poder Legislativo.
Wellington Luiz (MDB)
Wellington Luiz nasceu em Brasília em 23 de novembro de 1966. Filho de nordestinos, o primeiro local em que ele e sua família moraram no DF foi Candangolândia e depois Guará. Foi eleito com 16.933 votos e retorna à Câmara Legislativa para atuar na nona legislatura após ter ocupado uma das cadeiras da CLDF entre os anos de 2011 e 2018.
Iniciou a carreira profissional como bancário no antigo Banco Nacional e, em 1988, passou a atuar como bombeiro militar do DF, onde ficou até 1991. No mesmo ano, ingressou na Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) como agente e se aposentou como policial civil. Foi presidente do Sindicato dos Policiais Civis do DF (Sinpol) durante quase 12 anos. É formado em tecnologia em segurança pública pela Universidade de Santa Catarina e pós-graduado em gestão pública pela Faculdade Unyleya.
Exerceu cargos em áreas habitacionais, como secretário de Estado de Regularização de Condomínios do Distrito Federal (2012), além de ter sido relator do projeto da lei de uso e ocupação do Solo, na Comissão de Assuntos Fundiários da CLDF, de 2011 a 2014. Também ocupou cargos como corregedor e vice-presidente da Casa, entre 2017 e 2018. Foi diretor presidente da Companhia de Desenvolvimento Habitacional do DF (Codhab) de 2019 a 2022, quando se licenciou para concorrer ao cargo de deputado distrital nas eleições de outubro.
CB
