Nova legenda se chamará União Brasil; o ministro do Trabalho e Emprego foi o único membro a votar contra a união das legendas
O Democratas aprovou, nesta quarta-feira, 6, por aclamação, a fusão do partido com o Partido Social Liberal (PSL). A nova legenda se chamará União Brasil. O ministro do Trabalho e Emprego, o deputado federal licenciado Onyx Lorenxoni, foi o único a manifestar voto contrário à união das siglas. Onyx ainda solicitou que sua posição constasse na ata da convenção nacional realizada nesta quarta, em Brasília. O ministro também enviou um requerimento para que o partido decidisse sobre o apoio à reeleição de Jair Bolsonaro, lançamento de candidatura própria ou liberação de apoio a nomes de outros partidos nas eleições de 2022. Em outro requerimento, ele pediu uma mudança no estatuto do União Brasil para que os parlamentares tenham direito a voto nas decisões da executiva nacional. Os dois requerimentos foram negados.
O ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, enfatizou que tudo continuará como está em cada município e partido até que Tribunal Superior Eleitoral (TSE) autorize a fusão. “Até o momento em que fusão seja autorizada pelo TSE, tudo continua como está. Vamos encontrar o melhor caminho para que o União Brasil seja o partido mais vencedor em 2022”, disse ACM Neto. O ex-prefeito de Salvador acredita que o TSE levará em torno de dois a três meses para apreciar a criação do União Brasil. “É improvável que o novo partido já tenha constituído legalmente antes do ano que vem. O prazo que a gente estima é o começo de 2022”, acrescentou.
Como a Jovem Pan mostrou, a principal ideia do novo partido é lançar um candidato à Presidência da República. Atualmente, DEM e PSL possuem três pré-candidatos ao Planalto: o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS) e o apresentador José Luiz Datena (PSL). Pacheco, vale dizer, tem sido cortejado pelo PSD, de Gilberto Kassab. No momento da fusão, a União Brasil terá as maiores quantias dos fundos eleitoral e partidário e o maior tempo de rádio e televisão para a eleição de 2022. Por outro lado, é esperado que parlamentares alinhados com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) deixem o PSL e se filiem à legenda que o presidente escolher para disputar a eleição de 2022, o que poderia causar até 25 saídas do novo partido originado da fusão.
Fonte: JPan