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Clezão é o Rubens Paiva desta época

Por Alexandre Garcia

A revista Oeste, que sai nesta sexta, tem um artigo meu dizendo que o Rubens Paiva de ontem é o Clezão de hoje. O filme nos faz pensar e comparar. A própria Fernanda Torres dá a dica: ela deu uma entrevista dizendo que o filme é “uma reflexão sobre o que é viver num regime autoritário onde qualquer um pode ser preso”. E Ainda Estou Aqui é exatamente isso. É o regime autoritário que ainda está aqui. O meu artigo demonstra isso.

Clezão, depois de mil apelos, continuou preso, e morreu preso. Rubens Paiva também morreu preso. E as razões para ambas as prisões fogem muito ao devido processo legal. A Constituição em primeiro lugar. Que vigore!

Outro dia mencionei que Trump tirou os Estados Unidos do Acordo de Paris. Já disse também que o Acordo de Paris teria de ser assinado também pelo Sol, porque é o Sol que rege o clima da Terra, explodindo mais ou menos, esquentando mais ou menos os oceanos. Vejo a notícia de que o maior iceberg do mundo é uma montanha de 400 metros de altura. Isso é só o décimo que fica fora d’água. Nove décimos estão submersos. Ele agora encalhou, perto da Geórgia do Sul. É uma ilha que teve um episódio importante na Guerra das Malvinas, que eu cobri. Lembro muito bem quando um bote de ingleses aprisionou uma guarnição inteira de argentinos depois de uma salva de artilharia dos navios que estavam em frente. A guarnição argentina era comandada pelo capitão Alfredo Astiz, acusado de torturar freiras francesas.

Por que falo do iceberg? Quando começou a elevação da ilha, o iceberg encalhou, porque tem muita coisa para baixo. Então pesquisei e vi que esse iceberg, esse bloco de gelo, desprendeu-se da Antártida em 1986. Ou seja, 39 anos depois, ele ainda não derreteu com o aquecimento global. Pegou 39 verões e não derreteu. Tem 3,9 mil quilômetros quadrados de superfície emersa, fora d’água.

Emmanuel Macron é o Napoleão ao contrário

Emmanuel Macron está na contramão, ameaçando a Rússia com armas nucleares, supostamente para defender a Europa de uma invasão russa que ele está imaginando. É um Napoleão ao contrário. Napoleão tentou invadir a Rússia, mas foi derrotado pelo “General Inverno”. Chegou às portas de Moscou e teve de voltar, assim como Hitler. Os russos é que têm essa neurose de invasão de europeu. Napoleão foi lá, Hitler foi lá, os russos sofreram muito, morreram milhões, mas Macron está imaginando o contrário.

Enquanto isso, Vladimir Putin está em lua de mel com Donald Trump, e Xi Jinping ainda disse que quem não pode ganhar uma guerra, que não entre na guerra. Certamente está se referindo ao que acontece na Ucrânia. Então vem aí uma “paz americana”, uma Pax Americana – sei que é chavão –, mas com o apoio da Rússia. E a China vai entrar nessa também. Vamos ver o que vai acontecer com o Canal do Panamá, que tem, sim, uma presença chinesa muito grande, e os americanos se opõem a isso, dizendo que os chineses não podem controlar a ligação marítima entre as costas leste e oeste dos EUA.

Vejamos o que pode acontecer.

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