Os deputados federais seguem uma de suas mais tristes “tradições”, aproveitando o mandato e o dinheiro público para flanar no exterior, em viagens “oficiais” às custas do pagador de impostos. Em viagens individuais ou em grupos, os parlamentares escolhem a dedo destinos inacessíveis à quase totalidade dos eleitores, como Nova York, Dubai e, na Europa, preferem sempre Paris, Roma, Barcelona, com passagem obrigatória por Lisboa, onde podem exercitar a condição de monoglotas.
Gastos com passagens de primeira classe e diárias de até 428 dólares (R$2.225) de deputados somam R$1.246.636,54 em apenas três meses.
Das 60 “missões” dos deputados federais este ano, apenas seis foram em território nacional: Manaus, Rio de Janeiro e Teresina.
No ranking da gastança, o topo é de Yandra Moura (União-SE), que ficou quase uma semana em Nova York. A viagem custou R$45,8 mil.
Deputados viajam com tudo pago, incluindo passagens e hospedagem, e alguns ainda exigem assistência de diplomatas brasileiros mundo afora.
Viagens já superaram R$352,3 milhões este ano
Segundo dados atualizados do Portal da Transparência, o governo Lula (PT) já conseguiu torrar mais de R$352,3 milhões com viagens de servidores e terceirizados, nos primeiros quatro meses deste ano. Do total, o maior gasto foi com as diárias pagas a funcionários em viagens oficiais: R$212,5 milhões. Outros R$137,8 milhões foram as despesas que o pagador de impostos brasileiro teve com as passagens aéreas.
Viagens para o exterior representam mais de R$50,6 milhões dos gastos até agora, este ano. São 14% das despesas em 2024.
No ano passado, o governo Lula bateu todos os recordes e gastou mais de R$2,3 bilhões com passagens e diárias de servidores e terceirizados.
As despesas não incluem os gastos do governo com altas autoridades, que podem viajar em aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB).
Coluna Cláudio Humberto – Diário do Poder