A política é uma via de mão dupla. Todo mundo sabe disso. E o jovem prefeito de Aparecida de Goiânia, reeleito com 98% dos votos válidos, sabe disso e está colocando em prática esse termo
A semana passada foi constituída de enfermidade para o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil). Uma Covid inesperada barrou os planos do “coroné” de seguir em frente na sua jornada em busca da reeleição. Seu programa “Mães sociais” terá que ser retomado e com muito afinco, aliás , é o único que ele tem para o Goiàs e entorno.
Enquanto isso, Gustavo Mendanha (Patriotas) ocupou os territórios deixados por Caiado e assumiu seu compromisso de governar o estado de Goiás, um dos mais ricos do país, com responsabilidade e respeito ao povo goiano. Num estado com tamanha importância, ocupar dois dígitos numa eleição não é de se desprezar (Gustavo Mendanha tem 12% de intenções de votos). Caiado tem que se cuidar.
Nesse intervalo Mendanha buscou alianças, principalmente, com os municípios do entorno que foram abandonados por Caiado. O discurso do governador atual foi lindo, mas na prática em nada significaram. Educação uma merda, saúde capengando, segurança cobrada todos os dias, e servidores jogados a segundo plano, sendo que nem o hospital de Águas lindas se fala, promessa de Caiado.
Hoje a maioria dos prefeitos, mesmo não assumindo publicamente, estão voltados para apoiar a juventude de Mendanha em detrimento do coronelismo de Caiado. “Política assim não se pratica mais”, disse um prefeito ouvido pelo Portal Opinião Brasília.
É, pelo visto, Caiado vai ter que remar, e muito, contra a maré, ainda mais que seu substituto, o vice-governador de Goiás, Lincoln Graziani Pereira da Rocha, também está com covid. Uma perda que fará falta em outubro.
Complicado a situação de Caiado. Não achava que teria alguém para contrapor suas ações coronelistas …
Por Poliglota, jornalista e editor do Portal Opinião Brasília