A busca pelos dois detentos que escaparam da Penitenciária Federal de Mossoró já consumiu R$ 818 mil em diárias para os 111 agentes da Força Nacional. O valor corresponde a R$ 37,2 mil por dia, com previsão de chegar a R$ 1,1 milhão se a operação durar 30 dias, como previsto inicialmente.
A força-tarefa conta com 22 viaturas e um ônibus. As diárias representam 93% dos gastos da Força Nacional em operações como essa, enquanto os 7% restantes cobrem manutenção e combustível.
Além da Força Nacional, cerca de 500 profissionais, incluindo agentes da PF, PRF, PMs, PCs e guardas municipais, estão envolvidos nas buscas. Apesar do grande efetivo, Deibson Cabral e Rogério da Silva ainda não foram encontrados.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, defende que os gastos, embora altos, são necessários em casos como esse.
Força Nacional: Criada em 2004, a Força Nacional é composta por policiais e bombeiros treinados para auxiliar os estados em momentos de crise. Os estados fornecem os agentes e o Governo Federal paga as diárias, que variam entre R$ 335 e R$ 425 (R$ 335 em Mossoró).
A fuga completou 30 dias sem sucesso na captura dos foragidos. Essa foi a primeira fuga do sistema prisional federal, criado em 2008 para isolar líderes de facções.
Deibson e Rogério, membros do Comando Vermelho, escaparam por um buraco no teto da cela, em 14 de fevereiro, aproveitando falhas nas câmeras de monitoramento e reformas na penitenciária. Integrantes da direção foram afastados e o Ministério da Justiça investiga se houve facilitação.
Suspeita-se que a fuga foi facilitada por falhas nas medidas de segurança da penitenciária. O Governo Federal está investigando se houve facilitação por parte de servidores. A população de Mossoró está apreensiva com a fuga dos dois criminosos.
