Após ter suas condenações na Lava Jato anuladas pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, cogita-se nos bastidores da política candanga que José Dirceu, ex-ministro de Lula e ex-presidente do PT, poderá concorrer a uma das 8 vagas a deputado federal pelo Distrito Federal
A euforia no Partido dos Trabalhadores é muito grande. O PT sempre alegou que José Dirceu sofreu uma perseguição política jamais vista e a anulação de suas condenações na Lava jato, de Moro e Dalangnol, dão munição para que ele concorra a qualquer cargo político sem nenhum impedimento.
Por outro lado, Dirceu não esconde seu desejo de retornar à política, agora na Câmara Federal e pelo DF, fazendo uma dobradinha com Érika Kokay, que sairia brigando por uma das duas vagas para o Senado Federal, que a priori seriam disputadas por Ibaneis Rocha (MDB) e Michelle Bolsonaro (PL).
Por ser um campo político complexo, onde congressistas e conservadores andam juntos no contexto geral, o nome de José Dirceu vem para fortalecer a sigla no DF já que sua proximidade com os mais importantes líderes do partido é muito grande.
Desde a assunção de Lula na Presidência em 1º de janeiro de 2023, mesmo havendo uma negativa de boa parte dos caciques do PT, José Dirceu vem exercendo uma forte influência velada no governo. Não há o que se estranhar se, muito em breve, ele assumir um cargo de relevância no governo.
Bom, ao que tudo indica, para o PT está tudo articulado e desenhado, seja no âmbito local ou, quiçá, federal.
No entanto, afirmam alguns especialistas, só está faltando um detalhe: Combinar com o eleitorado brasiliense, que em 2022 deu a Direita, de Bolsonaro, 51,65% dos votos válidos no Distrito Federal, contra a Esquerda, de Lula, 36,85% dos votos válidos na Capital Federal.
Dirceu terá que remar muito, mas muito mesmo, para tentar convencer o eleitorado de Brasília que ele foi, apenas, “um perseguido político”.
Será que conseguirá? Aguardemos…
Por Jorge Poliglota…
