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Bilhões para as urnas, migalhas para o povo: o escárnio do novo aumento do Fundo Eleitoral

Da redação por Jorge Poliglota…

Em meio à crise econômica e ao aperto fiscal, Congresso aprova quase R$ 5 bilhões para financiar campanhas eleitorais em 2026 — um retrato cruel das prioridades políticas do país.

A Comissão Mista de Orçamento aprovou, nesta semana, um aumento bilionário no Fundo Eleitoral para as eleições do próximo ano. O valor, que era de R$ 1 bilhão na proposta inicial, saltou para R$ 4,9 bilhões — uma cifra que escancara o abismo entre o discurso de austeridade e a prática da classe política brasileira.

Enquanto o governo insiste em pedir paciência à população, alegando falta de recursos para investir em saúde, educação e segurança, o Congresso mostra que dinheiro público nunca falta quando o objetivo é alimentar suas próprias campanhas. É o velho jogo de prioridades invertidas: o país se aperta, mas a política se expande.

Em um cenário de estagnação econômica, com famílias endividadas, aumento no custo de vida e serviços públicos sucateados, o reajuste do fundo é mais do que uma decisão orçamentária — é um ato de insensibilidade e autossuficiência política.

Os defensores da medida tentam justificar o aumento como “necessário para a democracia”, mas a democracia brasileira parece ter se transformado em um negócio caríssimo, sustentado por quem menos pode: o contribuinte. O povo paga, mas o benefício é dos políticos.

Ao final, a mensagem é clara: as urnas valem mais que o povo.
Enquanto o cidadão comum precisa escolher entre pagar o aluguel ou o supermercado, Brasília garante quase R$ 5 bilhões para o luxo das campanhas.

Num país em que cada centavo deveria ser investido para aliviar o sofrimento social, essa decisão representa não apenas um erro de prioridade — mas uma ofensa moral à realidade de milhões de brasileiros.

O aumento do Fundo Eleitoral confirma que, no Brasil, a política segue sendo o único setor imune à crise. Quando o dinheiro é público, a farra continua.

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