Contudo, um fato político chama a atenção: nenhum dos nove parlamentares da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) apoiou a medida.
O Senado Federal confirmou nesta quinta-feira (29) a instalação da CPI do Crime Organizado, que será formalizada na próxima terça (4). A comissão investigará a expansão e o funcionamento de grupos criminosos como o PCC e o CV. A decisão do presidente Davi Alcolumbre veio após a megaoperação contra o tráfico no Rio de Janeiro.
O requerimento para a criação da CPI foi assinado por 31 senadores, número superior ao mínimo exigido. Contudo, um fato político chama a atenção: nenhum dos nove parlamentares da bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) apoiou a medida.
A ausência das assinaturas petistas levanta sérios questionamentos sobre o empenho do partido no combate à criminalidade. Enquanto diversos partidos se uniram para enfrentar o problema, o PT optou por se abster da apuração que mira diretamente o desmantelamento de facções.
Davi Alcolumbre defendeu a medida, afirmando ser “hora de enfrentar esses grupos criminosos com a união de todas as instituições”. O objetivo central é investigar a estrutura dessas facções que ameaçam a segurança e a vida dos cidadãos em todas as regiões do país.
A CPI será responsável por analisar o avanço desses grupos que lucram com atividades ilícitas, como o narcotráfico. O pedido, feito pelo senador Alessandro Vieira, recebeu rápido apoio de nomes como Sérgio Moro, Flávio Bolsonaro e Hamilton Mourão.
A bancada petista, que inclui Randolfe Rodrigues, Jaques Wagner e Teresa Leitão, foi a única a não aderir à iniciativa. A decisão é vista como uma afronta à sociedade por observadores políticos, que questionam a recusa do partido em investigar o crime organizado nacional.
Com 11 titulares e 7 suplentes, a CPI terá prazo inicial de 180 dias. Ao se negar a participar, o PT acaba reforçando a impressão de que existe uma “bancada pró-crime” no Congresso, fugindo de um tema crucial para a segurança pública.
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