Sem endereço fixo, equipes da Polícia Civil estão nas ruas do DF a procura do manifestante. Quando encontrado, será levado à delegacia
O chefe da Polícia Civil do Distrito Federal, delegado Robson Cândido, disse neste domingo (14/6) que o autor das ameaças ao governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), é integrante do grupo QG Rural, que estava acampado na Esplanada dos Ministérios junto com o “300 do Brasil”, liderado pela ativista Sara Winter, em defesa do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).
Apesar de já ter sido identificado, o apoiador de Bolsonaro ainda não foi encontrado pela Polícia Civil. Isso porque, explicou o secretário ao Metrópoles, ele não tem endereço fixo.
“Essas pessoas não estão tendo residência fixa, andando de um lado para o outro, para dificultar a ação da Polícia. Mas já identificamos e serão responsabilizados”, explicou o chefe da Polícia Civil na capital.
O inquérito foi instaurado na Delegacia de Repressão a Crimes Cibernéticos. Segundo o chefe da Polícia Civil, as equipes estão nas ruas para localizá-lo. “Já foi identificado, agora queremos levá-lo até uma delegacia. Ele vai depor e será encaminhado para responder judicialmente”, acrescentou.
Cândido afirmou ainda que a Polícia já identificou também os autores do disparo de foguetes contra o Supremo Tribunal Federal (STF), durante o protesto de sábado (13/6). Todos são do acampamento de Sara Winter e também serão intimados.
Esplanada fechada
Ao Metrópoles, o secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Gustavo Torres, admitiu que, se os manifestantes insistirem e realizarem atos, a equipe policial “terá de agir”.
“Se alguém insistir, vamos ter que agir para que o decreto seja cumprido. Elas [manifestações] têm de estar previamente cadastradas na Secretaria de Segurança. Pedimos que a população entenda e cumpra o que está decretado”, pediu Torres.
O secretário afirmou que irá se reunir com Ibaneis durante a semana para fazer um balanço sobre como foi a reação à determinação. Ele não descarta, por exemplo, que um novo decreto seja assinado e a ação seja repetida “se houver excessos”.
“O governador se surpreendeu com a agressão que foi feita a ele. Ele é um homem de diálogo, de conversa. Ele respeita os direitos constitucionais, sobretudo de manifestações. Mas, para respeitar, tem que ser respeitado. Quando faltaram com respeito, ele tem os instrumentos legais do Estado”, finalizou Torres.
Metropoles.com com fotos Hugo Barreto