Artigo: Lavajato e seus “juízes”

Por Raimundo Ribeiro, André Gomes e Kaydher Lasmar

Que o Brasil vive tempos estranhos todos sabem.

O que poucos sabem é o que acontece nos porões fétidos do sistema.

Agora, somos informados que a outrora sacrossanta lavajato, atual santuário do pau oco, além de todas as ilegalidades já reveladas, também manda (e principalmente desmanda) em setores do Poder Judiciário.

Os áudios anexos demonstram de modo irretorquível que a saída do coordenador geral da lavajato (“juiz” Moro, promovido a ministro da Justiça do governo Bolsonaro, a quem ajudou a eleger), era necessário selecionar um outro juiz para o seu lugar, não para coordenar a lavajato, mas para ser coordenado pela lavajato.

A escolha recaiu sobre o juiz Bonat que “aceitou” o encargo por “amor à camisa”, e com a garantia de que não precisava fazer nada pois teria pelo menos 3 juízes auxiliares.

E assim aconteceu, inclusive com ajuda de desembargadores, a quem compete avaliar as “sentenças” proferidas pelo “escolhido” e seus auxiliares.

Saindo do sobrenatural mundo dos porões fétidos e descendo para o ambiente mundano do futebol é como ter um Fla x Flu e o juiz ser escolhido por um dos times, de preferência que tenha o nome Wright.

Os fatos acima descritos, de per si já são escandalosamente ilegais e inaceitáveis.

Mas isso poderá ser resolvido, bastando uma ação do próprio poder Judiciário que apure e puna os responsáveis, na forma da Lei.

Mas existe algo pior nisso tudo que é a conduta absurdamente subserviente de alguns (esperamos que poucos) membros do próprio poder Judiciário nessa empreitada ilegal.

A vassalagem é tão absurda que com unidade de desígnios e divisão de tarefas se juntam aos procuradores do santuário do pau oco para fraudar, de modo dissimulado, o processo seletivo funcional do poder Judiciário.

Que membros da instituição MP infrinjam a lei já se espera em razão dos maus antecedentes recentes, mas o que não se pode aceitar e requer reação imediata (antes que contamine outros membros do poder) é a participação de juízes nesse tipo de empreitada criminosa.

Espera-se que os verdadeiros Juízes (maiúsculo mesmo) consigam enxergar a gravidade dos fatos escancarados nas gravações e exijam a adoção de providências imediatas. Ousamos até sugerir que no âmbito judicial se faça a investigação necessária e se puna os juízes que se desviaram da Lei, e na esfera da instituição mp que se faça inicialmente a devida correição, buscas e apreensões e afastamento preventivo IMEDIATO dos transgressores da Lei.

Por derradeiro e oportuno, relembramos que essa prática delitiva já fez escola pelo Brasil afora, com ações fajutas draconianas que serviram para encobrir crimes.

“Você pode até se omitir e não fazer nada agora, mas num futuro próximo quando se reencontrar com sua consciência, não poderá alegar que não sabia.”

Áudios: Deltan Dallagnol interferiu para colocar juiz aliado no lugar de Sergio Moro na Lava Jato https://interc.pt/3nLswpm

Brasília, 17 de outubro de 2020.

Raimundo Ribeiro
OAB/DF 3.971

André Gomes
OAB/DF 7.998

Kaydher Lasmar
OAB/DF 44.343

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