Tem político que não faz a leitura correta dos fatos. Ou do momento político. O ex-governador Marconi Perillo (PSDB) é um deles. Sua carreira virou pó. O fim de uma era. O Entorno, onde o tucano ainda apostava suas fichas, expurgou o que ainda restava do marconismo na região.
Marconi Perillo faz parte do passado da política goiana. E representa um período de escândalos de corrupção e desvios de recursos públicos, como consta nos autos de diversos processos judiciais do período.
Ele chegou a ser preso preventivamente pela Polícia Federal para prestar depoimento na Operação Cash Delivery. A operação foi deflagrada com o objetivo de colher provas da prática de crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e associação criminosa atribuída ao ex-governador Marconi Perillo em colaborações premiadas de executivos da Odebrecht.
Nos últimos meses, Marconi resolveu discretamente voltar a atuar politicamente. O Entorno do Distrito Federal foi o escolhido para o seu retorno. Como se a região não tivesse tantos problemas e, só agora, vem conseguindo a atenção merecida pelo Governo de Goiás.
Depois de 20 anos de poder, Marconi é um cadáver insepulto da política. Em 2022 é uma carta fora do baralho da disputa pelo Palácio das Esmeraldas. E também não tem mais cacife para almejar o Senado. Assim, pretende disputar mandato de deputado federal, assombrando como um zumbi os eleitores goianos.
Marconi acha que tem votos suficientes no Entorno para tentar um retorno. Mas as eleições municipais de 2020 mostraram que o PSDB e o marconismo virou pó no Entorno. Derrotas em série mostram que o ex-governador deve se dedicar mais na defesa dos processos que enfrenta na Justiça do que a política.
Por Andréa Dutra, do Portal Infforma DF