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Após cancelamento do Rio, São Paulo decide sobre o Carnaval nesta quinta-feira

Administração municipal aguarda a divulgação de dados epidemiológicos sobre a Covid-19; capital fluminense e cidades histórias de Minas Gerais suspenderam a folia de rua pelo segundo ano consecutivo

Passadas as festas de fim de ano, as atenções se voltam agora para o Carnaval. Nesta terça-feira, 4, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, anunciou o cancelamento dos 506 blocos de rua na cidade. Segundo ele, a realização exige planejamento com antecedência e o cenário atual é de um aumento de casos da Covid-19. No entanto, o Carnaval da Sapucaí está mantido. A avaliação é que a folia restrita permite controle e aplicação adequada dos protocolos sanitários. Enquanto isso, na capital paulista, os blocos de rua e escolas de samba ainda estão mantidos, mas condicionados ao cenário epidemiológico. Para a festa de rua, são 696 desfiles já aprovados, maior número da história. No entanto, a administração municipal aguarda a divulgação de dados da vigilância epidemiológica sobre o cenário da pandemia. Segundo o secretário de saúde Edson Aparecido, uma decisão final sobre a realização da folia será tomada nesta quinta-feira, 6.

Em entrevista à Jovem Pan, o infectologista Marcos Boulos refletiu que a alta demanda de atendimento enfrentada em São Paulo já é um reflexo das aglomerações de fim de ano e da variante Ômicron. Com isso, novas festas no Carnaval tenderiam a agravar a situação. Já em Minas Gerais, o governador Romeu Zema disse que a situação da pandemia está sob controle no Estado e que a liberdade de decidir sobre as festas é das prefeituras. “A maioria dos prefeitos, principalmente nas cidades históricas, onde o Carnaval sempre foi muito forte, não vão realizar o evento este ano”, disse.

Nesta terça-feira, 4, o ministro da saúde, Marcelo Queiroga, falou sobre a variante Ômicron e destacou a importância da vacinação para evitar uma explosão de casos. “A atenção do Ministério se volta em relação a ampliar a cobertura da segunda dose, sobretudo em algumas regiões do país, alguns Estados, e da dose de reforço. É isso que vamos fazer para evitar que haja uma terceira onda forte no Brasil”, afirmou. Dados da Saúde confirmam 170 casos de Ômicron no país e outros 518 em investigação

*Com informações da repórter Carolina Abelin – JPan

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