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Apesar dos esforços de Lula, relação com militares é marcada por desconfiança

Apesar da ausência dos chefes do Legislativo e do Judiciário, o presidente Lula conseguiu reunir no Palácio do Planalto representantes dos Três Poderes na cerimônia que marcou os dois anos dos ataques de 8 de janeiro. Entre eles, estavam o ministro da Defesa, José Múcio, e os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, personagens centrais de um dos enredos que mais desafiam o governo. Num sinal de deferência do cerimonial do evento, organizado pela primeira-dama Rosângela da Silva, Múcio foi acomodado na primeira fileira de convidados. Já o trio da cúpula militar ficou nas últimas filas, um pouco à frente do ator José de Abreu, que já defendeu o “fechamento” das três Forças e é um crítico ferrenho dos fardados. Todos entraram e saíram calados. Após a apresentação de obras de arte restauradas, discursos que condenaram a tentativa de golpe e gritos contra a anistia aos extremistas, a solenidade foi encerrada. Tudo milimetricamente planejado para transmitir uma imagem de tranquilidade — uma encenação, porque nas coxias, longe dos holofotes, a relação entre o governo e os militares ainda é de tensão, apreen­são e desconfiança mútua.

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