O ministro também assegurou o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação; depoimento está marcado para 1º de agosto
O ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal, manteve a obrigatoriedade para o ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, o general Gonçalves Dias, comparecer à CPI da Câmara dos Deputados que investiga a atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
Dias foi convocado a comparecer e prestar depoimento, como testemunha, no dia 1º de agosto, às 14h. “Na condição de testemunha, o comparecimento do paciente não constitui mera faculdade, sendo impositivo, sob pena de interferência indevida do Judiciário nas atividades investigativas da Comissão Parlamentar de Inquérito e, por conseguinte, no próprio Poder Legislativo”, disse o ministro.
Mendonça também assegurou a Dias o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação, se houver perguntas cujas respostas possam responsabilizá-lo.
“O direito ao silêncio se restringe ao direito de se calar para não se autoincriminar. O que não significa, por essa razão, estar chancelado o silêncio absoluto perante a Comissão Parlamentar de Inquérito quanto a matérias em que há o dever de se manifestar na qualidade de testemunha”, afirmou.
Gonçalves Dias esteve à frente do GSI entre janeiro e abril deste ano. Ele pediu demissão do cargo depois que vieram à tona imagens dele em interação com extremistas dentro do Palácio do Planalto durante as invasões do 8 de Janeiro.
R7.com