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Análise Política: STF A CAMINHO DO ISOLAMENTO?

**Por Felix Soibelman

Moraes arbitra suas multas mas alcançou somente 25% do salário de Daniel. Já não manda mais prendê-lo e a câmara ainda o manteve em importantes comissões.

Fica finalmente respondida a grande indagação que estava no ar sobre até que ponto Bolsonaro ou o STF têm força para irem. Não sabíamos se era um blefe de Bolsonaro. Como vemos, não era.

O STF, por sua vez, em ano eleitoral, NÃO tem apoio de setores das forças armadas ou segurança de que nada ocorrerá se avançar em seus abusos. Caso contrário teriam Moraes ordenado a prisão de Daniel pelo descumprimento do uso da tornozeleira ignorando o indulto. Mas não pode desmoralizar-se completamente, tem de ficar com essas “multas de efeito cênico”.

O apoio internacional, pese a propaganda de que os EUA teriam avisado que iriam sancionar o Brasil em caso de desrespeito de Bolsonaro às eleições, carece de força. A começar pelo fato de que uma América Latina com inimigos dos EUA, favoráveis à China, como seria um governo de Lula, não interessa aos EUA, não passando de jogo de cena para os idiotas da esquerda democrata.

Há ainda outro fator: a escassez de alimentos no mundo. O preço do combustível no mundo inteiro, a logística dos transportes com sua afetação pela guerra e o caos econômico instaurado pela pandemia, tudo gerando queda na produção, são fatores que fazem do Brasil importantíssimo player como formecedor de alimentos.

O governo brasileiro, perante um cenário de desestabilização em que a inflação alcança altas históricas no mundo todo, tem sido considerado um dos mais bem-sucedidos administradores da crise, com Guedes elogiadíssimo nos meios especializados, de forma que o FMI colocou o Brasil no top 10 estando entre os 6 países que em 2022 terão desempenho econômico superior ao ano pre-pandemia. Ou seja, inspira confiabilidade para investidores e o buraco ao qual a esquerda conduz todos os países que comanda, ex-vi de Argentina, Venezuela e agora Chile, desinteressa a todo mundo.

Logo, um outro sinal lampeja nos céus: redobrados jantares, almoços e encontros em grupo ou individuais dos ministros do STF com parlamentares, Pacheco e Lira. Pedem endurecimento contra Bolsonaro, reivindicam até o aceno de impeachment do presidente, etc. Em vão. É ano eleitoral e os deputados já sinalizaram que nada farão contra Silveira, e muito menos tomar medidas contra o presidente diante desse apoio imenso a Bolsonaro, que eles descobrem não diminuir nem prendendo apoiadores, calando sites, impondo-se a o STF ou quem seja, ditatorialmente, às plataformas, etc.

Há apenas um parlamentar cujo interesse vai além do próprio mandato: Pacheco, por sua causa bilionária no STF. Porém, dificilmente, sozinho, fará o restante do congresso comprar essa guerra, arriscar-se a manchar-se perante o eleitor. Ao contrário, coragem e independência jorrarão por todos os lados agora. Não adianta o STF chantagear com colocar em andamento seus processos, porque os processados, se perderem o mandato, ficarão mais vulneráveis ainda e terão de escolher.

Logo, uma conclusão factível, nesta análise, é que o STF está enfraquecido, exercendo o mero jus esperneandi, com os folguedos de Moraes pela democracia, cujo maior inimigo tem sido ele mesmo, mais parecendo a afetação esgarniçada de um impotente.

Pacheco mesmo, um homem com muito pequena estatura política para o que exige o momento, passou recibo de que o STF está isolado ao falar que não o abandonará. Ou é mais um jogo de cena para se equilibrar entre as duas forças, ou é um completo idiota.

No encalço desse cenário, a verdade sobre Lula vem à tona: ovos, vaias e pouco público presencial e pela internet (a tal maioria silenciosa não apareceria nem como espectadora na Internet?).

O presidente Bolsonaro mostra-se genial nos passos que dá: ataca a possibilidade de fraude nas urnas, cresce o tom, os ministros do STF mordem a ísca, começam a meter os pés pelas mãos em declarações atiçando as forças armadas contra si, a ponto de até Mourão contra-atacar afirmando que o julgamento de Silveira foi um ataque à democracia.

O resultado foi novamente colocar todos de sobreaviso contra a possibilidade da fraude e ainda se criar um vácuo preenchido pela animosidade entre os militares e o STF, o que antes estava mais indefinido.

O futuro ainda não é previsível, mas fica cada vez mais claro que o “partido político STF” caminha para o isolamento. O terror que este “partido político da Suprema Corte” experimenta ante a possibilidade de uma renovação no congresso e a vitória do Presidente, que por sua vez renovará o STF, possivelmente o empurrará para um erro após o outro, deixando-se Moraes como “o louco de Zaratustra” (Nietzsche) gritando sozinho nas escadarias do Templo.

**Texto extraído das redes sociais. Escrito por Felix Soibelman, Presidente da ASBI – ASSOCIAÇÃO SIONISTA BRASIL-ISRAEL. Advogado, editor e atualizador da Enciclopédia Jurídica Soibelman. Primeira obra eletrônica a ter a imunidade tributária reconhecida pelo STF.

***A opinião do autor não condiz, necessariamente, com a opinião da redação do Portal

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