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A prisão e revogação de Mauro Cid pode mudar muita coisa nas investigações sobre a tentativa de golpe?

As consequências das revelações da Revista Veja acerca das possíveis mentiras que o TCel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, fez à justiça pode mudar muita coisa no andamento das investigações da tentativa de golpe? Essa é a pergunta que não quer calar

A delação de Mauro Cid é central para a denúncia da PGR contra os acusados de tramarem um golpe de Estado. O ex-presidente Jair Bolsonaro, Mauro Cid e mais seis aliados são acusados de cinco crimes: organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Se condenados, as penas somadas para cada um podem chegar a 46 anos de prisão.

Mauro Cid está na condição de delator da trama golpista e de outras investigações, e segundo a reportagem, fez jogo duplo, desrespeitou as obrigações de não se comunicar e ainda afirmou que foi obrigado a dizer coisas que não diria.

Não resta a menor dúvida de que isso seja um fato muito grave. As defesas dos demais réus deverão usar isso em favor de seus clientes. Se terão benefícios não se sabe, mas provavelmente o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro deverá perder os benefícios negociados.

Prisão e revogação

Em meio à acusação e prisão em Recife do ex-ministro do Turismo de Bolsonaro, Gilson Machado, de que ele teria atuado para a expedição de um passaporte Português para Mauro Cid, o ministro Alexandre de Moraes (STF) emitiu um pedido de prisão preventiva contra Mauro Cid e logo depois revogou a ordem. Procurado, o STF não se pronunciou sobre a revogação.

Cid foi conduzido à Polícia Federal onde prestou depoimento por cerca de duas horas e negou que tenha tentado conseguir um passaporte português para uma possível fuga do país.

Para os investigadores da PF as informações prestadas por Cid se deram de forma esclarecedora e, por hora, não há nada que o incrimine. No entanto, caso surjam novas evidências ou dúvidas, um novo interrogatório poderá acontecer.

Segundo investigadores, o depoimento de Cid, que durou cerca de duas horas, “foi esclarecedor”. A PF, porém, não descarta um novo interrogatório caso surja alguma dúvida.

**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília

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