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A nova estratégia da esquerda: Reajustar penas e isolar Bolsonaro para 2026

Os desdobramentos dos julgamentos relacionados aos atos de 8 de janeiro de 2023, que abalaram a democracia brasileira, continuam a reverberar no cenário político nacional. À medida que o Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes, avança na ação penal contra os acusados de tentativa de golpe de Estado, uma nova visão parece emergir no campo da esquerda. Esta visão não se limita a uma simples defesa da punição exemplar, mas revela uma estratégia mais ampla: isolar Jair Bolsonaro e seu núcleo mais próximo, enquanto tenta mitigar a revolta popular gerada pelas penas consideradas desproporcionais aplicadas aos chamados “desconhecidos” — aqueles réus sem grande notoriedade ou proximidade direta com o ex-presidente.

Um exemplo emblemático dessa tensão é o caso de Débora Rodrigues dos Santos, a cabeleireira condenada a 14 anos de prisão por pichar a frase “Perdeu, mané” na estátua da Justiça, em frente ao STF. A pena, vista por muitos como excessiva para o ato cometido, gerou uma comoção social que transcendeu a bolha bolsonarista, alcançando a população em geral. Esse episódio expôs uma fragilidade na estratégia inicial de Moraes, que apostava em punições severas como forma de dissuadir futuras ações antidemocráticas. Em vez de consolidar apoio, a dureza das sentenças acabou alimentando um sentimento de injustiça, contaminando a percepção pública sobre todo o processo.

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