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Nuzman e Cabral são condenados por compra de votos para Rio 2016

Ex-presidente do Comitê Olímpico do Brasil e ex-governador do Rio de Janeiro eram alvos da operação Unfair Play

O ex-presidente do COB (Comitê Olímpico do Brasil), Carlos Arthur Nuzman, foi condenado nesta quinta-feira (25) a 30 anos e 11 meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. A decisão foi do juiz Marcelo Bretas, da 7ª vara federal do Rio.

Além do ex-nome forte do esporte olímpico do país, Sérgio Cabral, ex-governador do Rio, foi condenado a dez anos e oitos meses de prisão por corrupção passiva. Já ex-diretor de operações da Rio 2016, Leonardo Gryner, terá de cumprir a pena de 13 anos e 10 meses por corrupção passiva e organização criminosa. Todos eram alvos da operação Unfair Play.

Carlos Arthur Nuzman foi preso por agentes da Polícia Federal em 2017-ANTONIO LACERDA/EFE – 19.10.2017

A operação, um desdobramento da Lava Jato no Rio, investigou a compra de votos para que a capital fluminense fosse sede dos Jogos Olímpicos, em 2016. Nuzman terá o direito de recorrer da decisão em liberdade. Os advogados dos condenados não foram encontrados para comentar o caso.

“O condenado dedicou sua carreira pública para tornar o Rio de Janeiro cidade-sede das Olimpíadas, no entanto, apesar de tamanha responsabilidade social optou por agir contra a moralidade e o patrimônio públicos, razão pela qual valoro em seu desfavor a conduta social”, escreveu Bretas.

O empresário Arthur César Menezes Soares Filho, conhecido como Rei Arthur, e os senegalesas Lamine e Papa Diack também foram denunciados pelo Ministério Público.

De acordo com o Ministério Público Federal, Nuzman e Gryner intermediaram o pagamento de dois milhões de dólares a Papa Massata Diack e Lamine Diack, membros africanos do Comitê Olímpico Internacional (COI), em troca de seus votos. O ex-governador, por sua vez, teria acionado o empresário Arthur Soares, conhecido como Rei Arthur, para desembolsar o dinheiro.

Em 2017, Nuzman havia sido preso por agentes da Polícia Federal e do Ministério Público Federal. Pouco tempo depois, recebeu o benefício da prisão domiciliar e chegou a dizer que a “decisão era justa e correta”.

R7.com

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