A paralização convocada pelo Sindicato dos Professores do DF, SINPRO-DF, acabou frustrada com o pequeno número de professores que aderiram a paralização
Com receio da opinião pública e da sociedade que sempre os apoiou em suas reivindicações, a maioria maciça dos professores da rede pública de ensino do Distrito Federal não atendeu ao chamado do Sindicato.
O protesto não surtiu efeito e, segundo apuramos, sem a confirmação da Secretaria de Educação, poucas das 686 escolas públicas do DF não abriram as portas nesta quarta por falta de professores.
Boa parte dos docentes acham que as medidas adotadas até agora pelo governo local são o suficiente para que os alunos retornem às salas de aula. A ameaça do governo de cortar o ponto dos faltantes também influenciou na decisão, principalmente em época pandêmica onde todo recurso é importante no orçamento.
Dando o exemplo, a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá, acompanhou retorno das aulas numa escola de Jardim Infância localizada no Gama. Para a secretária, o retorno as aulas presenciais é fundamental para que os estudantes recuperem o quanto antes a rotina escolar e entre 2022 com todo potencial afiado.
Alguns estudantes de algumas poucas escolas ainda ficaram em frente as mesmas aguardando a entrada na sala de aula, mas segundo eles, a própria direção os dispensou dizendo que não haveria aula. “Isso é uma irresponsabilidade. Estamos sendo prejudicados desde o ano passado e a direção não pode tomar a decisão de dar aula pelos professores. Entendemos a paralização e as reivindicações, mas é a gente que sai prejudicado”, disse um aluno.
Pais não concordaram e criticaram o Sindicato
A Associação de Pais e Alunos das Instituições de Ensino do Distrito Federal (Aspa-DF) reprovou a paralisação dos educadores. Para os responsáveis pelos estudantes, a interrupção das aulas só prejudica os alunos.
“Todos os alunos têm direito à educação. Ninguém pode negar a eles uma educação pública de qualidade. Por isso, somos favoráveis que a Educação seja considerada essencial, para que situações dessas não ocorram a revelia da comunidade de alunos”, comentou o presidente da Aspa, Alexandre Veloso.
Da redação