Em depoimento ao MP, Júlia Lotufo diz que ex-capitão do Bope foi executado e que ouviu dele que a ordem para matá-lo partiu do governador
Viúva de Adriano Magalhães da Nóbrega, Júlia Mello Lotufo disse a promotores que investigam a morte do ex-capitão do Bope que ele foi executado, e não morto após uma troca de tiros com policiais, conforme a versão divulgada pela Secretaria de Segurança da Bahia.
Júlia prestou depoimento na segunda-feira 27 por meio de videoconferência. Em quase duas horas de conversa, contou que Adriano recebeu recados reiterados enquanto estava foragido de que, caso se entregasse às autoridades, seria assassinado.
De início, ele não teria levado a sério essa possibilidade. Com o decorrer do tempo, ao apurar a informação com suas fontes em órgãos oficiais do Rio, teria se convencido de que sua execução estava de fato planejada.
Os promotores perguntaram a Júlia quem teria interesse na morte de Adriano, acusado pelo Ministério Público do Rio de chefiar um grupo de extermínio que atuava a serviço de uma milícia. Ela respondeu ter ouvido de Adriano que as ordens para matá-lo vinham de cima, da cúpula do governo fluminense. Os promotores insistiram para que fosse mais específica. Julia, então, falou que as ordens, conforme ouviu de seu marido, partiam do “governador”.
Com informações Veja.abril.com.br