Máquina pública
Estar no cargo de governador não é sinônimo de reeleição (que o diga Agnelo Queiroz e Rodrigo Rollemberg), mas ninguém pode negar que facilita bastante para quem quer ficar mais quatro anos à frente do Executivo local. Se o governo consegue atender os principais anseios da população e se comunica bem – o que não aconteceu com as duas últimas gestões –, as chances de renovação do mandato são altas. Neste caso, o eleitor teme trocar de governo pensando que o candidato da oposição possa se tornar um governador pífio. É como trocar o certo pelo duvidoso.
Túnel de Taguatinga
A maior obra viária do país, o túnel de Taguatinga é a menina dos olhos do governador. Não era por menos. O túnel facilitará a vida de vários brasilienses que residem em Taguatinga, Ceilândia e Samambaia. O impacto positivo será proporcional ao Metrô-DF no início da inauguração, quando começou a atender aquela região. Os colégios eleitorais das três cidades-satélites estão entre os maiores do DF. Prevista para ser entregue em junho, a obra com certeza capitalizará muitos votos para Ibaneis.
Apoio dos Arruda
De acordo com a última pesquisa Real Time Big Data, a deputada federal e ex-ministra-chefe da Secretaria de Governo da presidência, Flávia Arruda (PL-DF), pontua 15%, empatada tecnicamente em segundo lugar com o senador Reguffe (UNIÃO-DF). Como a deputada será candidata ao Senado, a maioria dos votos que seriam dela tendem automaticamente a serem migrados para o atual chefe do Buriti, visto que ambos estarão na mesma chapa.
Apoio dos Roriz
Mesmo sem representatividade eletiva, a família Roriz ainda mantém influência na política distrital, especialmente entre as camadas mais pobres da população. A filiação de Joaquim Roriz Neto ao PL, partido aliado de Ibaneis, era o que faltava para que o casamento fosse sacramentado. Com a aliança, o governador conseguiu a façanha de unir dois grupos (arrudistas e rorizistas) que nem sempre andaram juntos.
Apoio dos distritais
Ibaneis mantém ótima relação com o Poder Legislativo local, diferentemente de seu antecessor. Em 2017, Rollemberg viu a presidência da Câmara Legislativa cair no colo do então distrital Joe Valle por conta de seu frágil relacionamento político com a Casa. Agaciel Maia era o candidato governista. Dos 24 deputados, 17 estão na base aliada do governo e apoiarão o governador na eleição de outubro. Com Agnelo e Rollemberg houve uma debandada de parlamentares da base em pleno ano eleitoral, prova de que os governos passados andavam mal das pernas com a opinião pública.
Por Fred Lima – Lupa Política