Marli Rodrigues, reconhecida como a maior líder sindical do DF, conseguiu ajudar a derrotar o ex-governador Rodrigo Rollemberg(PSB), em 2018, na guerra travada em defesa dos servidores da saúde e da população. Agora, ela é candidata ao legislativo. Federal ou distrital? O servidor decide
Os mais de 30 mil servidores da Saúde, que sentem a mais de uma década, a falta de um representante no Congresso, capaz de defender os interesses da maior categoria de funcionários públicos do Distrito Federal, podem dar a volta por cima, nas eleições desse ano, com Marli Rodrigues.
Apesar de até agora não ter anunciado a que cargo vai disputar nas eleições de outubro, há um forte indicativo de que a presidente do Sindsaúde do DF, estimulada pela categoria, venha a se candidatar a uma das oito cadeiras, pertencentes ao DF, na Câmara dos Deputados.
A líder sindical, como estreante na política, pode fazer um caminho inverso da maioria daqueles ligados à saúde, que preferiu disputar uma vaga na Câmara Distrital, com mandatos fracos que pouco contribuíram com os interesses macros dos servidores e da população em geral.
A maior exigência da categoria está conectada diretamente no campo nacional, por ser a saúde do DF, financiada pelo Fundo Constitucional do governo da União.
Em uma consulta prévia, feita pela presidente do Sindsaúde, no final do ano passado, a maioria dos servidores consultada disse acreditar que um representante no Congresso Nacional é de mais-valia para a categoria do que um representante na Câmara Legislativa.
O sentimento da categoria da saúde, tida como a sua principal base de apoio, deve servir como bússola para fazer Marli pensar, sobre o rumo a tomar, após o ato de filiação ao MDB, ocorrido nesta sexta-feira (11).
Os servidores precisam urgentemente de alguém que tenha ligação umbilical com a saúde pública e que possa defender o bolo do Fundo Constitucional, criado por lei em 2002.
O dinheiro do fundo é usado, principalmente, para bancar salários de policiais, bombeiros, professores e profissionais da saúde.
Este ano, o DF deve receber R$ 16,281 bilhões do Fundo Constitucional.
O dinheiro repassado para o DF é a grana mais cobiçada pela bancada federal do Rio de Janeiro, por exemplo.
A deputada Clarissa Garotinho (Pros-RJ), conseguiu mais de 300 assinaturas para fazer tramitar na Câmara, a proposta de sua autoria que coloca o Rio de Janeiro na divisão do bolo do Fundo.
A categoria da saúde sabe que não dá para baixar a guarda para os movimentos que tentam abocanhar o repasse que serve para garantir os salários e os direitos garantidos, por lei, para os mais de 30 mil servidores da saúde do DF.
Além disso, a saúde precisa urgentemente de alguém, boa de briga, para fazer frente as demandas da categoria no âmbito do governo federal. Marli tem esse perfil.
Há mais de 20 anos, um projeto que cria uma jornada de trabalho de 30 horas, para os enfermeiros da rede privada, não sai do lugar na Câmara Federal.
Aqui no DF, Marli Rodrigues conseguiu diminuir para 20 horas. Uma conquista aplaudida por todos os servidores da rede pública.
Filiada, ela já está em um grande partido, o MDB, com tempo de televisão, onde possa falar de suas propostas voltadas para os servidores públicos e para a população.
Marli será uma das três mulheres que deve compor o time dos nove candidatos à Câmara Federal, caso realmente seja essa a sua opção na disputa eleitoral desse ano.
Fonte: Radar DF