A menos de um ano para as eleições, a polarização se torna ainda mais aguda, entre Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula, deixando ainda mais difícil o crescimento eleitoral de outros candidatos
As movimentações políticas para as eleições de 2022 continuam acontecendo de forma intensa. Nomes esquecidos tentam retornar ao cenário político, buscando acordos, enquanto outros buscam o apoio para manter-se em seus cargos. Nessa conjuntura, surgem os chamados “nomes de terceira via”, que tentam quebrar a polarização visível entre Jair Bolsonaro (PL) e Lula (PT). No início das articulações para as eleições deste ano, acreditou-se numa possível união entre esses nomes, com intuito de fortalecer o projeto político de terceira via, o que não aconteceu.
Para o especialista em marketing político, Janiel Kempers, é o perfil dos pré-candidatos não contribui para essa união. “Quando se começou falar em terceira via, muito se acreditou que fosse surgir um nome que conseguisse agrupar quem não apoia nem Bolsonaro, nem Lula, o que não ocorreu. O que nós vemos é uma verdadeira fragmentação nessa terceira via, principalmente pela natureza de cada candidato”, afirma.
Segundo ele, não há critérios estabelecidos, que definem, quem de fato é o candidato da terceira via. “Hoje temos uma terceira via sem identidade, de fato, não sabemos quem é o candidato que pode carregar esse título, não há articulação suficiente em torno de nenhum nome plausível”, pontua. A menos de um ano para as eleições, a polarização se torna ainda mais aguda, entre Jair Bolsonaro e o ex-presidente Lula, que lideram as pesquisas de intenção de votos e fazem articulações para se fortalecerem, deixando ainda mais difícil o crescimento eleitoral dos candidatos de terceira via.
Fonte: Jornal Opção