A votação da PEC dos Precatórios (PEC – nº 23/21) na Câmara dos Deputados realizada na madrugada desta quinta-feira (4), revelou que quatro parlamentares da bancada do DF são contra o governo continuar atendendo milhares de famílias vulneráveis e em situação de extrema pobreza com o programa social Auxílio Brasil, que substituiu o Bolsa Família, em todos os estados e em especial as daqui no Distrito Federal.
Conforme o Portal da Transparência do GDF, com atualização dos dados feita em outubro, mais de 90 mil famílias do Distrito Federal são beneficiadas com o auxílio pago pelo governo federal. Ou seja, os deputados Israel Batista (PV), Paula Belmonte (Cidadania), Luís Miranda (DEM) e Érika Kokay (PT) não querem que essas famílias recebam mais o auxílio, que, com certeza, está ajudando a matar a fome dessas pessoas, ainda mais diante da situação trágica ocasionada pela pandemia.
Esses quatro deputados do DF se juntam a outros 140 que também se posicionaram contra a PEC alegando que o governo não podia deixar de pagar os precatórios que correspondem a dívidas do governo com sentença judicial definitiva, podendo ser em relação a questões tributárias, salariais ou qualquer outra causa onde o poder público seja o derrotado.
A maioria dos que estão na fila esperando para receber esses pagamentos por parte da União são empresários, servidores e compradores de precatórios. Portanto, são pessoas que já possuem seu teto, recebem seus proventos e salários em dia, ou estão por aí com o bolso cheio em busca de aumentar sua fortuna. Ainda tem o quinhão dos sindicatos. Eles possuem uma enorme fatia das ações trabalhistas com precatórios “a receber”, ou seja, o dinheiro desses precatórios engorda os cofres dessas entidades que são mais utilizadas para fazer politicagem do que ajudar suas categorias.
Trocando em miúdos, esses quatro deputados federais do DF demonstraram que não estão preocupados com essas mais de 90 mil famílias da capital da República que dependem do benefício e sim com os que precisam aumentar os dígitos da conta bancária.
Já os deputados Julio Cesar (Republicanos), Bia Kicis (PSL), Celina Leão (PP) e Laerte Bessa (PL) acompanharam os outros 308 parlamentares e votaram a favor da proposta. A PEC limita o valor de despesas anuais com precatórios.
Votaram a favor: Julio Cesar (Republicanos), Bia Kicis (PSL), Celina Leão (PP) e Laerte Bessa (PL). Foto/Montagem: Reprodução/Google Imagens
Sem a aprovação da PEC, as despesas com precatórios subiriam de R$ 54,7 bilhões, neste ano, para R$ 89,1 bilhões no ano que vem, o que inviabilizaria a continuidade do pagamento do benefício às famílias vulneráveis e em situação de extrema pobreza.
Oxalá, o povo brasiliense não se esqueça em 2022 quais foram os deputados que não quiseram matar a fome de milhares de famílias. Vale lembrar que o voto do pobre tem o mesmo peso e valor do voto do rico nas urnas.
Fonte com adaptação: Portal Expressão Brasiliense