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E começaram as promessas: Aumento salarial torna-se pauta de governadores que desejam a reeleição

Perto da campanha eleitoral, governadores planejam reajuste salarial dos servidores

Em 2022, pelo menos 14 governadores pretendem promover o aumento dos salários do funcionalismo público. As categorias mais beneficiadas devem ser a de professores e policiais. A elevação no rendimento dos servidores está impedida até o último dia de 2021. A medida foi adotada em razão do socorro de R$ 125 bilhões feito a Estados e municípios para o enfrentamento da pandemia

De acordo com o jornal o Estado de S.Paulo, 17 governadores devem tentar a reeleição no próximo ano. Entre eles, nove já manifestaram a intenção de fazer os reajustes. Na lista, o governador Wilson Lima (PSL-AM) assume que as pressões crescem em ano eleitoral.

Governador do Amazonas Wilson Lima

“Estamos finalizando os estudos para definirmos os porcentuais do reajuste, que será concedido para todas as categorias”, disse Lima, que pretende anunciar o aumento dos salários no Dia do Servidor. “Ao menos a correção inflacionária vamos dar, é inevitável. Em ano eleitoral, as pressões pelo aumento vêm de todos os lados”.

O recorde gastos está no Rio de Janeiro. A Assembleia Legislativa aprovou um projeto que autoriza a elevação de 22% para os vencimentos de 432 mil servidores que estão sem recomposição desde 2014. A proposta terá o impacto de R$ 6 bilhões nos cofres fluminenses e teve o apoio do governador Claudio Castro (PSC-RJ), no poder desde o impeachment de Wilson Witzel (PSC-RJ).

O deputado estadual Luiz Paulo (Cidadania-RJ), um dos autores da medida, vê na proposta a forma de mitigar as perdas ao logo dos anos. Contudo, nega o cunho eleitoral. “É evidente que existe um conteúdo político eleitoral atrás de tudo”, comenta. “Já viu algum governador que é candidato à reeleição que não tenha um conteúdo neste sentido?”.

Em Santa Catarina, Carlos Moises (PSL-SC), enviou dos projetos para a Assembleia do Estado com o intuito de providenciar os reajustes salariais dos servidores. O custo estimado ficou em R$ 1,2 bilhão. Depois de resistir a duas tentavas de impeachment, o político ainda procura um partido para tentar a reeleição.

No Mato Grosso, a Lei Orçamentará aprovada para 2022 inclui R$ 500 milhões para serem gastos nos aumentos remunerações. Tudo dentro da “capacidade financeira e de pagamento”, afirma o secretário da Fazenda do Estado, Rogério Gallo.

Até mesmo governo mineiro, sob a condução do liberal Romeu Zema (Novo-MG), flerta com a elevação salarial. Contudo, a secretária de Planejamento e Gestão de Minas Gerais, Luísa Barreto, alerta que a decisão está condicionada a dois fatores: a aprovação pela Assembleia Legislativa do projeto de adesão ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) e a manutenção da suspensão do pagamento da dívida do Estado com a União.

“Nossa situação fiscal é muito complexa”, disse Luísa. “Só agora estamos conseguindo pagar os salários em dia. Sabemos, no entanto, que a inflação reduziu muito o poder de compra dos funcionários e, por isso, analisamos com cautela a possibilidade de correção pela inflação. Mas só vamos resolver isso ano que vem, depois de sabermos se seguimos com a liminar que suspende a nossa dívida”.

Créditos: Revista Oeste.

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