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Vigilante sobre confronto entre Lázaro e polícia: “Mais de 30 tiros”

Alexandre Augusto foi até Girassol (GO) deixar uma amiga quando viu o suspeito. “Ele estava perto da casa do pai”, disse

A polícia fechou o cerco contra Lázaro Barbosa de Sousa, 32 anos. O homem foi visto na cidade de Girassol (GO), próximo à casa do pai, enquanto se escondia embaixo de um cobertor. Testemunhas relataram que o maníaco estava com uma mochila, mancava e simulava ser um mendigo. Quando avistou a polícia, Lázaro teria corrido para um córrego perto de onde foi visto.

“Vim deixar uma colega minha do lado da casa do pai do Lázaro e fui ver o que estava acontecendo. Vimos o suspeito dentro de uma casa, agachado. Ele desceu para o córrego. Houve mais de 30 tiros. Disparos de metralhadora”, relatou o vigilante Alexandre Augusto, que estava no local.

Segundo ele, Lázaro estava com um cobertor nas costas, cobrindo uma mochila. “Ele estava até mancando”, disse à reportagem.

A força-tarefa que caça Lázaro Barbosa trocou tiros com o maníaco na tarde desta quinta-feira (17/6), após a fuga das proximidades da casa do pai. Dezenas de policiais civis e militares, viaturas e três helicópteros estão mobilizados na operação.

Chacina

As digitais de Lázaro foram encontradas na casa da família Vidal. Cláudio Vidal de Oliveira, 48 anos, Gustavo Marques Vidal, 21, e Carlos Eduardo Marques Vidal, 15, teriam sido mortos por ele a tiro e facadas. O crime ocorreu na madrugada do dia 9/6, no Incra 9, em Ceilândia.

Ele ainda sequestrou Cleonice Marques de Andrade, 43 anos, esposa de Cláudio e mãe das outras vítimas. O corpo dela foi encontrado no dia 12, em um matagal. O cadáver estava sem roupa e com um corte nas nádegas, em uma zona de mata perto da BR-070.

A morte de Cleonice reflete a crueldade de Lázaro. O criminoso, autor da chacina que ainda tirou a vida do marido e dos dois filhos da mulher, permanece foragido há nove dias. Caçado por uma coalização de forças policiais, o maníaco matou a mulher com um tiro na cabeça.

A vida criminal de Lázaro começou em 2008. Na época, ele foi preso por um duplo homicídio em Barra do Mendes, município baiano que fica a 540km de Salvador. Ele é natural da cidade.

Segundo a Polícia Civil baiana, o criminoso foi indiciado pelos assassinatos de José Carlos Benício de Oliveira e Manoel Desidério Silva, no povoado de Melancia. O inquérito, concluído e enviado à Justiça, aponta que ele atingiu as vítimas com disparos de espingarda e depois fugiu, se apresentando dias depois na unidade policial. Após a prisão, ele acabou fugindo para o Centro-Oeste.

No DF, chegou a ser condenado por roubo e estupro. Mas, também, conseguiu fugir do sistema penitenciário em 2016.

A capacidade de fuga de Lázaro já é velha conhecida da polícia e do sistema prisional goiano. Em julho de 2018, ao tentar fugir junto de outros cinco detentos do presídio de Águas Lindas (GO), no Entorno do Distrito Federal, ele foi o único que obteve êxito.

Lázaro foi preso no dia 8 de março de 2018, por suspeita de assassinatos ocorridos na Bahia, além de estupro, roubo e porte ilegal de armas no DF. Ele tinha, na época, três mandados de prisão em aberto.

A ausência dele entre os presos do presídio de Águas Lindas só foi sentida no momento de recontagem dos detentos, após a ação policial no local. Mas, a essa altura, ele já estava longe.

A fuga ocorreu na madrugada, por volta das 2h, de 23/7/2018, segundo a Diretoria-Geral de Administração Penitenciária de Goiás (DGAP).

Personalidade violenta

Laudo psicológico feito no âmbito de um dos processos contra Lázaro Barbosa, em 2013, constatou que o homem tem características de personalidade violenta, como agressividade, ausência de mecanismos de controle, dependência emocional, impulsividade e instabilidade emocional.

Ainda de acordo com os psicólogos que assinam o documento ao qual o Metrópoles teve acesso, o criminoso tem possibilidade de “ruptura do equilíbrio, preocupações sexuais e sentimentos de angústia”.

O autor, segundo os especialistas, teve o desenvolvimento psicossocial prejudicado devido a agressões familiares, uso abusivo de álcool e drogas, falecimento familiar, abandono das atividades escolares, trabalho infantil e situação financeira precária.

Fonte: Metropoles

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