Essa CPI DA VERGONHA, como é tratada nas bocas da grande maioria do povo brasileiro, cada dia que passa paga mico um atrás do outro
Depois dos nobres e seletos parlamentares votarem e aprovarem vários requerimentos de quebra de sigilos telefônicos e telemáticos, a seus bel prazeres, de várias autoridades e ex-autoridades do governo Bolsonaro, o Supremo Tribunal Federal resolveu intervir e através do Ministro Alexandre de Moraes pediu explicações, em 48 horas, do porquê da quebra do sigilo do ex-ministro das Relações Exteriores Ernesto Araújo, a pedido do próprio.
O ex-chanceler pediu, nesta sexta-feira (11/6), ao Supremo, a suspensão da quebra dos sigilos. A defesa classificou a medida como “ilegal e abusiva”.
Efeito cascata
As gafes desesperadas de membros dessa CPI, em especial seu relator, o senador Renan Calheiros, acabam por desmoralizar a verdadeira intenção pela qual a referida CPI foi proposta e criada. Investigar os governos estaduais, e não só o governo federal foi uma de suas prioridades, que na realidade não está acontecendo.
Com isso mais dois integrantes que também tiveram seus nomes aprovados na quebra dos sigilos telemáticos e telefônicos recorreram ao Supremo Tribunal Federal. São eles a secretária de Gestão do Trabalho e da Educação do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro e o ex-assessor especial do Ministério da Saúde Zoser Hardman e o atual secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto.
Não estranhemos se daqui a alguns momentos os demais citados efetuem o mesmo procedimento, iniciando assim um efeito cascata que acabará, definitivamente, com essa aberração política que se transformou essa CPI.
Veja abaixo a lista dos que tiveram seus pedidos telemáticos e telefônicos quebrados pela justiça:
- Filipe Martins, assessor especial da Presidência da República;
- Ernesto Araújo, ex-ministro das Relações Exteriores;
- Eduardo Pazuello, ex-ministro da Saúde;
- Carlos Wizard, empresário;
- Paolo Zanotto, virologista;
- Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos;
- Marcellus Campelo, secretário de Saúde do Governo do Amazonas;
- Luciano Dias Azevedo, tenente-médico da Marinha do Brasil;
- Hélio Angotti Neto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos em Saúde, do Ministério da Saúde;
- Francisco Ferreira Filho, coordenador do Comitê da Crise do Amazonas;
- Francieli Fontinato, coordenadora do Plano Nacional de Imunização (PNI);
- Antônio Elcio Franco, ex-secretário-executivo do Ministério da Saúde; e
- Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, do Ministério da Saúde;
- Zoser Hardman, ex-assessor especial do Ministério da Saúde;
- Flávio Werneck, ex-assessor de Relações Internacionais do Ministério da Saúde;
- Camile Giaretta Sachetti, ex-diretora do departamento de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde;
- Arnaldo Correia de Medeiros, secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde;
- Alexandre Figueiredo Costa e Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU).
Da redação…