É de se espantar como nesse nosso Brasil tudo começa em política e, fatalmente, acaba em samba.
A última da “CPI DE BOLSONARO” foi o pedido do Relator, Renan Calheiros, para que os jogadores convocados para disputar a Copa América não participem da competição.
As justificativas são pra lá de absurdas, incoerentes do ponto de vista atual e demonstram, claramente, que o fato do Brasil ter se disponibilizado a realizar o torneio por parte do governo federal, aí diga-se Jair Bolsonaro, é motivo de afronta e falta de respeito à vida de milhões de famílias.
Essa CPI foi criada para investigar os desvios de recursos enviados aos governos estaduais e que, sem delongas, todos sabem que foram desviados. Mas a CPI não quer investigar governadores e prefeitos, mas sim o alvo maior deles que é o Presidente da República.
Renan e sua CPI tiveram o “trabalho” de incomodar os “técnicos” da Comissão para elaborarem um email o qual ele encaminhou aos jogadores da seleção. Dizer que o texto era apenas “uma reflexão sem conotações políticas” é taxar na cara do povo brasileiro a inscrição de “burros”.
O brasileiro sempre viveu de uma de suas maiores paixões, o futebol. E um campeonato a mais ou um a menos não faria nenhuma diferença, não fosse, sim, o viés político do fato. Então, se são garantidos todos os argumentos técnicos dos técnicos da CPI, que tal pararmos TODOS os campeonatos atualmente em pleno vapor no Brasil?
Ora, se a Copa América será realizada cumprindo todos os protocolos exigidos (sem público), como está sendo feito com a Copa do Brasil, Libertadores da América, Brasileirão das séries A, B, C e D e alguns campeonatos regionais que não se findaram, porquê somente a Copa América traria riscos à saúde do povo brasileiro?
E podemos ir muito mais além. Segundo fontes do Governo Federal, da Confederação Sul Americana de Futebol e da própria CBF, todos os jogadores e comissões técnicas estariam vacinados contra o novo coronavírus, fato esse que nos atuais campeonatos em andamento não está sendo observado e cumprido. É ou não é mais um avanço?
Bolsonaro pode ter sido, sim, um pouco precipitado no oferecimento do Brasil para sediar a Copa, mas daí a CPI utilizar de meios políticos para politizar a sua realização não passa de uma vergonha nacional, mais do que eles próprios já protagonizaram até aqui com pouco mais de um mês de trabalhos, onde claramente o povo já percebeu que a verdadeira intenção desses parlamentares é responsabilizar um presidente eleito democraticamente por mais de 53 milhões de pessoas para aportarem novamente suas intenções comunistas, devastadoras e que levaram o país quase que ao caos total.
Se estão mesmo preocupados com as mortes de cerca de 2 mil pessoas diariamente no Brasil, deveriam seguir o exemplo da PGR, do Ministério Público e da Polícia Federal e começar a investigar e colocar na cadeia governadores, prefeitos e Secretários de Saúde que não têm justificativas para informar onde estão os cerca de R$ 420 bilhões (isso até janeiro/2021) que o Governo Federal repassou desde o início da crise sanitária da Covid-19. Esses recursos repassados foram diretos aos caixas dos governos estaduais juntamente com ações proativas tais como a suspensão das dívidas dos estados com a União e o pagamento do Auxílio Emergencial à população por parte da União.
Chega de hipocrisia! O Brasil não merece esse disparate político que vem acontecendo. Já temos problemas demais que estão sendo resolvidos dentro da medida do possível. Essa CPI já foi criada sem rumo e a cada dia demonstra sua ineficiência. Países do mundo todo já estão avançados no controle da pandemia, inclusive alguns até mesmo com a liberação de públicos nos estádios como o Reino Unido, Israel, Austrália e os Estados Unidos.
Para fechar, Veja abaixo os valores diretos (repasses para saúde e outros) e indiretos (suspensão/renegociação de dívidas) para cada estado: (**)
Acre: R$ 6,8 bilhões (só de Auxílio Emergencial, R$ 1,38 BI)
Alagoas: R$ 18,09 BI (Auxílio: R$ 5,46 BI)
Amazonas: R$ 18,5 BI (Auxílio: R$ 6,84 BI)
Amapá: R$ 6,7 BI (Auxílio: R$ 1,47 BI)
Bahia: R$ 67,2 BI (Auxílio: R$ 25,35 BI)
Ceará: R$ 42,5 BI (Auxílio: R$ 15,17 BI)
Distrito Federal: R$ 9,8 BI (Auxílio: R$ 3,45 BI)
Espírito Santo: R$ 16,1 BI (Auxílio: R$ 5,57 BI)
Goiás: R$ 27,1 BI (Auxílio: R$ 9,95 BI)
Maranhão: R$ 36 BI (Auxílio: R$ 11,8 BI)
Mato Grosso: R$ 15,4 BI (Auxílio: R$ 4,96 BI)
Mato Grosso do Sul: R$ 11,9 BI (Auxílio: R$ 3,71 BI)
Minas Gerais: R$ 81,4 BI (Auxílio: R$ 26,96 BI)
Pará: R$ 39,5 BI (Auxílio: R$ 14,71 BI)
Paraíba: R$ 21,2 BI (Auxílio: R$ 6,57 BI)
Paraná: R$ 38,6 BI (Auxílio: R$ 13,7 BI)
Pernambuco: R$ 42,7 BI (Auxílio: R$ 16,2 BI)
Piauí: R$ 19 BI (Auxílio: R$ 5,68 BI)
Rio de Janeiro: R$ 76 BI (Auxílio: R$ 24,94 BI)
Rio Grande do Norte: R$ 18,3 BI (Auxílio: R$ 5,55 BI)
Rondônia: R$ 8,6 BI (Auxílio: R$ 2,64 BI)
Roraima: R$ 5,1 BI (Auxílio: R$ 1,04 BI)
Rio Grande do Sul: R$ 40,9 BI (Auxílio: R$ 12,2 BI)
Santa Catarina: R$ 21,6 BI (Auxílio: R$ 7,22 BI)
Sergipe: R$ 12,9 BI (Auxílio: R$ 3,85 BI)
São Paulo: R$ 135 BI (Auxílio: R$ 55,19 BI)
Tocantins: R$ 10,5 BI (Auxílio: R$ 2,28 BI)
Como diz o mandatário da nação brasileira, plagiando o mito medieval do herói branco que promoveu a cristianização e a civilização: “Brasil acima de tudo, Deus acima de todos”
É esperar para ver…
Da redação…