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Eleições OAB-DF | “A Ordem tem se omitido em questões fundamentais”, alerta advogado Everardo Gueiros

Pré-candidato às Eleições da OAB/DF, ele denuncia a existência de um gabinete do ódio no submundo da instituição; E que o advogados vivem uma tragédia, que precisa ser superada com paciência e responsabilidade, mas acima de tudo com atitude e coragem

“Estamos vivendo uma tragédia, um dos piores momento da nossa História”, é assim que o advogado Everardo Gueiros filho classifica a situação atual dos advogados do Distrito Federal. Pré-candidato às Eleições da OAB/DF, ele acredita que é preciso superar este momento com paciência e responsabilidade, mas acima de tudo com atitude e coragem.

Gueiros, que também é conhecido no meio jurídico como Vevé, faz duras críticas a atual direção da OAB-DF, comandada por Délio Lins e Silva Júnior. Para o pré-candidato, líderes precisam ter a capacidade de responder prontamente às adversidades, ter atitude e não ficar como a Carolina de Chico Buarque. “Com todo respeito, creio que o atual presidente encarna um pouco dessa Carolinas que, como diz a letra do Chico, “a banda passou na janela e só Carolina não viu”, disse em entrevista ao Blog do Loiola, do advogado Leonardo Loiola Cavalcanti, site especializado no mundo jurídico.

Everaldo Gueiros afirma que a classe testemunha uma inação ao longo do último ano, a falta de criatividade e a falsa expectativa de que vai resolver a vida das pessoas com ações paliativas. “É importante ajudar de todas as formas, mas o principal é garantir as condições para que os advogados continuem trabalhando e pagando suas contas que não param de chegar”, ressalta.

Ex-secretário de Estado de Projetos Especiais do Distrito Federal em 2019, Everardo Gueiros tem 47 anos é graduado em Direito, com especialização em Direito Processual Civil e Direito Eleitoral. É advogado atuante em tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF), Tribunal Superior do Trabalho (TST) e Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Entre 2010 e 2012, presidiu a Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal. E em 2016, empossado desembargador do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) até 2018.

Everardo Gueiros denuncia a existência de uma espécie de gabinete do ódio funcionando nas sombras, nos subterrâneos da Ordem. Para ele, o que ocorre são pessoas que disseminam mentiras disfarçadas de verdades com intuito de difamar e destruir reputações.

“Infelizmente temos um bando de desocupados querendo difamar quem é ficha limpa e trabalha duro. Mas você sabe que que a advocacia é treinada para distinguir a mentira da verdade, a fake news da notícia verdadeira. Não tenho problema em debater com os nossos adversários ou com quem quer que seja. Fui secretário de Projetos Especiais do GDF por 1 ano e 9 meses, tenho orgulho por ter deixado duas dezenas de projetos de Parcerias Público-Privadas (PPPs) prontos para serem implantados. Comandava uma secretaria que dependia muito mais da criatividade da minha equipe do que de dinheiro do orçamento. Nosso trabalho era justamente criar condições para que a sociedade tivesse o máximo e o governo gastasse o mínimo”, desabafa Gueiros.

O advogado faz mais críticas a atual direção da OAB-DF. Gueiros diz não conseguir aceitar, por exemplo, que a Ordem tenha se omitido em questões fundamentais, como a oitiva de testemunhas à distância ou por telefone, ou que os magistrados não recebam os advogados.

O pior, segundo Gueiros, é ver o presidente da OAB-DF dizer publicamente que algumas coisas da pandemia vieram para ficar, como as audiências virtuais, e que a magistratura estava gostando de trabalhar de casa e que isso era bom. “Um presidente da Ordem não tem que se preocupar com o que é bom ou deixa de ser bom para o magistrado. A prioridade dele tem de ser a advocacia. Como é que um presidente, alguém que deveria ser o maestro da banda, pode atravessar o samba deste jeito? Imagine como o jurisdicionado vai entender que o advogado não tem mais acesso à magistratura porque os magistrados estão trabalhando de casa. Isso é uma questão muito séria. Este e outros pontos essenciais para a garantia das prerrogativas não foram levados a sério”, afirma.

Gueiros vai além e afirma que se a atual presidência da Ordem tivesse algum apreço pelas prerrogativas, “não espremeria a Comissão de Prerrogativas numa salinha e daria um andar inteiro ao Tribunal de Ética, cuja função é punir”.

Aliado do governador e ex-presidente da OAB-DF Ibaneis Rocha (MDB), Everardo Gueiros ressalta que o processo de escolha de um candidato do seu grupo não é simples, porque há várias pessoas credenciadas para liderar uma chapa para a OAB-DF. No momento, ele e a advogada Thaís Riedel são os cotados para cabeça de chapa nas eleições da Ordem. “O que eu posso garantir é que este será um processo democrático e ético. É um rito natural e mais na frente quem reunir as melhores condições vai encabeçar a chapa. Não existe disputa entre a doutora Thaís Riedel e eu, porque lutamos pelo mesmo objetivo que é cuidar da advocacia de Brasília, garantindo melhores condições de trabalho, com suas prerrogativas e a paridade de forças com os membros do Judiciário, o que hoje tem sido difícil de conseguir pela falta de atitude da atual gestão”, explica Gueiros.

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