72,8% das carteiras de motoristas suspensas no DF,em 2020, foram de pessoas que estavam dirigindo sob a influência álcool, diz Detran-DF
CERCA DE 1.536 MOTORISTAS FORAM FLAGRADOS DIRIGINDO SOB EFEITO DE ÁLCOOL; ÓRGÃO DIZ QUE TEM INTENSIFICADO CAMPANHAS PARA PREVENIR ESSE TIPO DE INFRAÇÃO
Por Ricardo Ulivestro
Dados divulgados pelo Departamento de Trânsito do Distrito Federal (Detran-DF) mostram que, em 2020, o número de motorista que tiveram suas Carteiras Nacional de Habilitação (CNHs) suspensa chegou a 2.107. Desse total, 1.536 condutores, o que representa 72,8%, tiveram o documento suspenso após serem flagrados dirigindo sob efeito de álcool ou de outra substância psicoativa.
O alto índice de motoristas detidos por estarem dirigindo sob efeito de álcool levou o Detran-DF lançar inúmeras campanhas para prevenir a infração, que é considerada como gravíssima pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), enquadrada no artigo 165.
“Temos óculos de realidade virtual que mostram a percepção de uma pessoa embriagada – visão ofuscada, falta de percepção de profundidade. Além disso, vamos começar em breve uma campanha midiática sobre saber dizer não e evitar a influência de beber antes de dirigir”, explica o diretor de Educação de Trânsito do Detran-DF, Marcelo Granja.
O condutor que for flagrado dirigindo sob efeito de álcool paga multa de R$ 2.934,70 e tem a CNH suspensa por um ano. Nesses casos, no momento da abordagem, a CNH e o veículo são retidos.
“De acordo com os índices nacionais, 21% dos óbitos em vias são causados por acidentes nos quais o motorista havia ingerido bebida alcoólica”, ressalta Granja.
De acordo com o Detran-DF, mesmo com todas as ações do órgão para prevenir esse tipo de ocorrência, o alto índice de motoristas notificados por estarem dirigindo sob efeito de álcool demonstra que o respeito a essas normas ainda é baixo.
“Muitas vezes são pessoas que saem dirigindo sem a expectativa de beber, mas acabam o fazendo, muitas vezes influenciadas por amigos. Existem também aqueles que possuem vício em álcool e, com a dificuldade de controlar a vontade, acabam bebendo e dirigindo. E temos também as pessoas que acham que têm controle do organismo mesmo após beber, mas as fases de embriaguez são orgânicas, acontecem para quem bebe menos ou mais”, detalha o diretor de Educação de Trânsito do Detran-DF.
*Ricardo Ulivestro – Jornalista, membro da Associação dos Blogueiros de Política do Distrito Federal e Entorno – ABBP