O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) fez duras críticas à decisão da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados que resultou na cassação dos mandatos de Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Alexandre Ramagem (PL-RJ). Para o parlamentar mineiro, a medida ultrapassa os limites do regimento interno e representa um grave precedente institucional, com claros contornos de perseguição política.
Em declarações públicas, Nikolas afirmou que a cassação de mandatos parlamentares não pode ser tratada como um ato administrativo sumário, muito menos decidida sem amplo direito de defesa e debate no plenário da Casa. Segundo ele, a Câmara estaria abrindo mão de seu papel histórico de guardiã da representação popular ao permitir que decisões dessa magnitude sejam tomadas de forma concentrada e sem transparência suficiente.
O deputado destacou ainda que Eduardo Bolsonaro e Alexandre Ramagem foram eleitos com votações expressivas, o que, em sua avaliação, torna a decisão ainda mais grave. “Não se trata apenas de dois parlamentares, mas de milhões de brasileiros que tiveram seus votos desconsiderados”, argumentou Nikolas, ao afirmar que o Parlamento não pode se curvar a pressões externas ou a interesses políticos momentâneos.
Nikolas Ferreira também alertou para o risco de seletividade nas punições, sugerindo que parlamentares alinhados a determinados espectros ideológicos estariam sendo tratados de forma desigual. Para ele, a Câmara vive um momento delicado, em que decisões institucionais deveriam fortalecer a democracia, e não fragilizá-la. “Hoje são eles; amanhã pode ser qualquer deputado que ouse discordar”, afirmou.
Ao final, o parlamentar defendeu que o tema seja amplamente discutido no âmbito do Congresso Nacional e revisado à luz da Constituição. Segundo Nikolas, preservar o mandato parlamentar é preservar o próprio princípio da soberania popular, pilar fundamental do regime democrático.
**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília





