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Como a esquerda transforma assassinos em heróis

Por Victor Davis Hanson (**), do Daily Signal

Eu gostaria de falar sobre o credo dos assassinos, especificamente sobre Thomas Matthew Crooks. No verão passado, ele tentou matar o presidente Donald Trump e chegou a apenas alguns centímetros de conseguir, acertando sua orelha, ferindo gravemente outras duas pessoas e matando tragicamente uma delas. Um jovem assassino.

Tivemos outro atentado na Flórida, cometido por Ryan Routh. Ele também era um homem perturbado, um pouco mais velho, de meia-idade, que quase conseguiu atirar em Donald Trump. Se ele não tivesse sido avistado, o próximo buraco no campo de golfe da Flórida teria colocado o presidente ao alcance dele, e Trump teria sido morto. Felizmente, alguém viu Routh mirando em Donald Trump de uma distância maior, houve troca de tiros e o aspirante a assassino fugiu. Ele foi preso depois.

Tivemos também o assassino Luigi Mangione. Ele vinha de uma família rica, era bem educado e estava furioso com o que percebia como injustiça no setor de saúde. Ele assassinou o CEO da UnitedHealthcare, emboscando-o e atirando nele.

E, por fim, houve Tyler Robinson, o jovem assassino que matou Charlie Kirk.

Há algo em comum entre essas pessoas que é muito perturbador. Todos eles eram de esquerda. Crooks pode ter sido originalmente de direita, mas pelo contexto de suas redes sociais, ele estava envolvido em algumas ilusões. Supostamente ele era “furrier” — dessas pessoas que se vestem de animais e encontram algum tipo de satisfação sexual imitando bichos. Gente muito bizarra. Ele também era muito crítico de Donald Trump. O mesmo valia para o senhor Routh. Ele havia expressado em várias ocasiões, às vezes em associação com a guerra na Ucrânia, que não gostava de Donald Trump.

Luigi Mangione virou herói porque dizia ser contra o capitalismo corporativo e CEOs predatórios. E Tyler Robinson… eu não sei exatamente por que ele quis matar Charlie Kirk, mas há muitas informações de que ele tinha um namorado ou namorada trans, e um grupo de conhecidos nas redes sociais que detestavam Charlie Kirk, e ele achava que poderia se tornar um herói.

Todos eles tinham algo em comum: eram pessoas de esquerda. Provavelmente tinham distúrbios mentais. Mas há outros dois aspectos que acho bastante preocupantes.

O primeiro é a reação a tudo isso. Se você prestar atenção, pessoas da extrema esquerda nos Estados Unidos acharam que Mangione era um herói. Uma jornalista que o entrevistou ficou rindo, comentando como o assassino era atraente e carismático. Houve gente na região da Baía de São Francisco que queria batizar uma ópera com o nome dele. Ele virou quase um ícone popular.

Com Tyler Robinson aconteceu a mesma coisa: houve gente que comemorou abertamente o assassinato de Charlie Kirk. Pessoas de esquerda, algumas delas ligadas à educação, que fizeram camisetas mostrando Charlie Kirk sendo baleado no pescoço. Houve pessoas em universidades que, como mímicos, fingiam agarrar o próprio pescoço de forma macabra, como se fosse algo para se deliciar — o horrível tiro filmado no pescoço de Charlie Kirk.

Houve júbilo na esquerda. Na verdade, isso já virou quase uma narrativa na nossa sociedade: todo dia aparece alguém dizendo que ficou feliz que Charlie Kirk foi morto. A mesma coisa aconteceu com as duas tentativas de assassinato contra Donald Trump. Houve comemoração nas redes sociais. Teve gente que escreveu: “Eu queria que tivesse acertado. Poxa, que pena que errou”. Esse tipo de regozijo.

Então, aonde estou querendo chegar? Todos esses assassinos e aspirantes a assassinos saíram das sombras mais sinistras. Eles operavam num clima em que sentiam que o limite do aceitável tinha sido rebaixado.

Quando você chama Charlie Kirk, CEOs ou Donald Trump de fascista, nazista, pessoas terríveis, a pior criatura ou a pior pessoa do mundo (para citar uma ex-presidente da Câmara que disse que aquilo não era o pior que ela poderia fazer, era só um eufemismo), quando você rebaixa esse nível de demonização, sempre vão aparecer pessoas de tendência homicida que se sentem autorizadas a materializar seu discurso extremista, e que, se o fizerem, serão canonizadas, serão consideradas lendárias. Essa é uma parte da equação.

A outra parte da equação é: quando você tem pessoas na polícia ou na segurança que sentem que o ambiente geral é de que as pessoas que elas têm a responsabilidade de proteger são de alguma forma desprezíveis e não são exatamente figuras pelas quais valha a pena arriscar a vida, então haverá falhas de segurança.

Por que Crooks conseguiu chegar tão perto daquele comício e tão próximo do presidente dos Estados Unidos? A resposta é que o Serviço Secreto, por algum motivo — não a base, mas o alto escalão —, não fez as preparações adequadas.

Não sabemos exatamente por quê, mas a mesma coisa aconteceu na Flórida. Como é possível o presidente dos Estados Unidos estar num campo de golfe e um amador patético como Ryan Routh conseguir chegar bem perto da cerca e ficar em posição de atirar no presidente?

Como é possível, numa universidade, sabendo que Charlie Kirk vivia sob ameaça, alguém simplesmente caminhar até um prédio, subir no telhado e conseguir um tiro direto contra Charlie Kirk?

Sobre Luigi Mangione eu não sei os detalhes, mas aparentemente ele achou que seria muito fácil simplesmente esperar o CEO da UnitedHealth aparecer.

O que eu estou dizendo é que houve falta de vigilância. Houve relaxamento que eu acho que não teria acontecido — e ainda bem que não aconteceu — com figuras icônicas da esquerda, como Michelle Obama, os Obama ou Hillary Clinton.

Acho que há pessoas no governo e nas administrações — estadual, municipal, federal — que sentem que certas figuras polêmicas constantemente demonizadas permitem que se seja um pouco mais relaxado, que não é preciso estar tão em alerta, porque essas pessoas talvez tenham merecido um animus legítimo do público.

Quando você combina esses dois fatos, por mais insidiosos que sejam — A) existem pessoas instáveis que acham que serão recompensadas, por mais delirante que seja essa ideia, recompensadas psicologicamente por tirar a vida de uma figura conservadora polêmica; e B) pode haver pessoas dentro do aparato de segurança que também acham que a pessoa que deveriam proteger talvez não mereça o nível excelente de proteção normalmente concedido a outras figuras —, então você tem a receita perfeita para o desastre. E nós vimos isso acontecer.

(**) Victor Davis Hanson, um colaborador sênior do Daily Signal, é um classicista e historiador na Hoover Institution, da Universidade de Stanford.

Esta é uma transcrição, levemente editada, de um vídeo feito por Victor Davis Hanson. (©2025 The Daily Signal. Publicado com permissão). Original em inglês: Assassin’s Creed: Breaking Down the Left’s Climate of Violence

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