Uma reportagem exclusiva do jornalista Túlio Amâncio, da Band, revelou que o coquetel oferecido pela primeira-dama Janja Lula da Silva, durante a Cúpula de Belém, acabou sem a presença de nenhum chefe de Estado estrangeiro.
O evento, que estava descrito na agenda oficial de Luiz Inácio Lula da Silva como “Coquetel oferecido pelo Presidente da República e pela senhora Janja Lula da Silva aos Chefes de Delegação”, acabou restrito a ministros, dirigentes estatais e aliados políticos.
Segundo Amâncio, o ambiente foi cuidadosamente montado para uma recepção de gala. “Luzes azuis e violetas, posicionadas estrategicamente, criavam um clima cênico e sofisticado – típico de uma recepção formal, porém intimista”, descreve o jornalista. Telões nos quatro cantos do salão exibiam imagens de ribeirinhos, da Amazônia e da cultura paraense, enquanto o som ambiente trazia “a inconfundível lambada paraense”.
O cardápio foi preparado pelo renomado chef Saulo Jennings, que serviu pratos típicos da culinária amazônica. “Na grande mesa, sob iluminação suave e reflexos que realçavam os variados pratos, havia três tipos de peixes típicos da Amazônia – o mais consumido foi o ‘filhote’. Outro destaque foi a ilha de drinks, com oito tipos de coquetéis preparados na hora”, escreveu Túlio Amâncio.
Entre os presentes, estavam nomes de destaque do governo e do PT, como a ex-presidente Dilma Rousseff, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, que, conforme o jornalista, “conversaram por um longo período em particular”. Também compareceram os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores) e Marcos Antônio Amaro (GSI).
De acordo com a reportagem, Lula e Janja ficaram no local por apenas cerca de meia hora, tempo suficiente para a primeira-dama “arriscar alguns passos de lambada paraense”.
Ainda segundo Túlio, Lula foi “bastante assediado por Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), e teve até dificuldade para se desvencilhar do etíope ao deixar o local”.
Outro nome citado por Amancio foi o secretário-geral da ONU, António Guterres, que, segundo o repórter, “parecia à vontade ao conversar em português com os brasileiros”.
Apesar da atmosfera sofisticada, o ponto central da reportagem é a ausência dos chefes de Estado que participavam da cúpula. Conforme o jornalista, os líderes estrangeiros informaram que não compareceram por estarem ‘cansados’ após a longa agenda do dia.
Ainda assim, a noite foi descrita por Amâncio como “uma atmosfera elegante e teatral”, marcada pela celebração dos investimentos de mais de US$ 5 bilhões anunciados para o Fundo das Florestas Tropicais para Sempre, um dos principais resultados do encontro internacional. (Foto: EBC; Fonte: Band)




