A declaração da ministra Gleisi Hoffmann, nesta quarta-feira (5), escancarou uma postura incompreensível e perigosa do governo Lula: a de se opor ao projeto de lei que classifica as atividades de facções criminosas e milícias como terrorismo. Em vez de endurecer o combate ao crime organizado que domina comunidades, impõe medo à população e desafia o Estado, o Planalto prefere suavizar o discurso e buscar brechas ideológicas para justificar a inércia.
A proposta, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), tramita em regime de urgência e busca dar ao Estado instrumentos mais duros para enfrentar grupos que há anos agem como verdadeiros poderes paralelos. Mesmo assim, o governo — que deveria liderar o enfrentamento — decidiu se colocar contra o projeto, alegando que a medida poderia abrir brechas para “intervenções estrangeiras”. Um argumento frágil, distante da realidade das ruas e do sofrimento dos brasileiros que convivem diariamente com o terror imposto por facções e milícias.
A posição do governo soa como um aceno complacente a criminosos e um tapa na cara das forças de segurança e da sociedade. Enquanto o crime organizado se fortalece e aterroriza comunidades inteiras, o Executivo demonstra mais preocupação em defender teses ideológicas do que proteger a vida dos cidadãos.
Ao rejeitar a equiparação de facções ao terrorismo, o governo Lula passa a mensagem de que prefere discutir semântica e geopolítica a enfrentar o verdadeiro terror que mata inocentes, corrompe o Estado e destrói famílias. É um erro grave, que compromete a segurança nacional e distancia o governo da realidade que o povo enfrenta nas ruas.
Da redação




