A tragédia que se seguiu à mais recente operação de combate ao tráfico de drogas no Rio de Janeiro e a traficantes evidencia, mais uma vez, o abismo entre o discurso oficial e a realidade das ruas.
Policiais mortos, comunidades em pânico e uma população cada vez mais refém de facções criminosas — esse é o retrato de um Estado que perdeu o controle e, pior, a capacidade de reagir com responsabilidade e coerência. E o governo federal em silêncio!
O governo federal, diante da escalada de violência, manteve-se em silêncio. Nenhuma medida concreta foi anunciada para apoiar as forças de segurança, as famílias das vítimas ou a população aterrorizada. O que se viu foi a repetição de uma postura omissa que já se tornou padrão: esperar a poeira baixar e seguir como se nada tivesse acontecido. A ausência de liderança em um momento de crise é mais do que um erro político — é um sinal de negligência institucional.
O Ministério Público, por sua vez, tem falhado em exercer plenamente seu papel fiscalizador. É sua atribuição questionar operações mal planejadas, monitorar abusos e exigir transparência dos governos. No entanto, o que se observa é um órgão hesitante, que se limita a notas genéricas de “acompanhamento”, sem apresentar medidas efetivas para evitar novas tragédias.
A política de segurança pública no Rio de Janeiro tornou-se uma sucessão de improvisos. Operações espetaculares, resultados questionáveis e uma constante exposição de policiais ao risco extremo compõem um roteiro conhecido. Sem planejamento integrado, investimento em inteligência e políticas sociais consistentes, o Estado continuará perdendo a guerra — não apenas contra o tráfico, mas contra a própria descrença da população.
A omissão do poder público em um momento de tamanha gravidade é inaceitável. Enquanto o governo e o Ministério Público se escondem atrás de comunicados oficiais, famílias enterram seus mortos e comunidades continuam abandonadas.
O país precisa de mais do que discursos: precisa de responsabilidade, coragem e compromisso real com a vida.
Eles cobram, mas não agem
Já no mesmo dia da megaoperação de hoje (28) contra o tráfico, o Ministério Público Federal (MPF) pediu explicações formais ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), após a operação policial deflagrada, que terminou com ao menos 64 mortos. Para isso eles são ótimos em seus gabinetes sob ar condicionados.
O procurador Julio José Araújo Júnior encaminhou um ofício solicitando que o governo estadual detalhe “de que forma o direito à segurança pública foi promovido” durante a ação. Ora, direitos à segurança pública de pessoas submissas ao crime organizado? Deve ser uma brincadeira um questionamento desses, só pode.
No documento, o representante do MPF cobra informações sobre as ‘finalidades da operação’, os ‘custos envolvidos’ e a ‘comprovação’ de que não havia outro meio menos gravoso para atingir o mesmo objetivo. Mas em nenhum momento questionaram a omissão do governo federal que, sequer, colaborou com a operação.
Além disso, o ofício questiona se o Estado cumpriu as determinações do Supremo Tribunal Federal (STF) referentes a operações policiais em favelas. (…). Supremo Tribunal Federal que determinou as incursões nos maiores centros de distribuição de drogas do país?
O que mais precisa para evidenciar que o narcoestado está instalando-se no Brasil sem que o governo federal se empenhe em demonstrar o contrário?
Para especialistas, provavelmente muito bem pagos pelo governo que afirmou serem os traficantes “vítimas dos usuários”, a operação gerou um grande impacto na capital fluminense e não atingiu o objetivo de conter o crime organizado, pelo contrário, ações como esta apenas fortalecem a violência. Realmente esses caras estão loucos! A repercussão foi internacional e que realmente complica a vida do Brasil perante a maior potência mundial, os EUA, de que é um país sério e respeita as Leis.
Para o governo é só uma cortina de fumaça! E aí meu povo? Você também acha?
O Brasil está largado e só Deus pode ter misericórdia de nós!
Por Jorge Poliglota, Editor-chefe do Portal Opinião Brasília
E a oposição não perdoou:





