A articulação política para que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, deixe o Republicanos para uma eventual disputa à Presidência da República pelo PL — partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) — não deve sair de graça para a sigla comandada por Valdemar Costa Neto.
A articulação para as eleições de 2026 envolve Costa Neto, o presidente nacional do Republicanos, deputado federal paulista Marcos Pereira, e o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que é secretário de Governo de Tarcísio de Freitas no governo paulista. Em março de 2022, Tarcísio se filiou ao Republicanos para concorrer nas eleições estaduais na chapa com o vice Felício Ramuth (PSD).
Aliado de Kassab, Ramuth pode migrar para o Republicanos para dar continuidade ao governo paulista e concorrer ao cargo após a desincompatibilização de Tarcísio, que precisa ocorrer no início de abril, caso ele seja pré-candidato a presidente pelo PL. A informação foi divulgada pelo O Globo e confirmada pela Gazeta do Povo.
O calendário eleitoral prevê a saída de governadores dos cargos para a disputa presidencial ou ao Senado seis meses antes do primeiro turno. Assim, a articulação entre partidos aliados deve aquecer os bastidores políticos a partir do último trimestre deste ano, enquanto Tarcísio aguarda o aval de Bolsonaro para assumir nas urnas o papel de opositor à tentativa reeleição de Lula (PT).
A filiação de Tarcísio ao PL já estaria “apalavrada” pelo governador, segundo declarações públicas de Costa Neto. Correligionários do Republicanos ouvidos pela reportagem da Gazeta do Povo pontuam que a candidatura presidencial do governador de São Paulo não é certa.
Caso Tarcísio migre para o PL, o prefeito de Sorocaba, Rodrigo Manga (Republicanos) também pode ser beneficiado pelo apoio da sigla em uma eventual candidatura ao Senado. Manga se tornou conhecido como “prefeito tiktoker” e tem planos de concorrer a outro cargo no próximo ano.
Com informações Gazeta do Povo
