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Chuva expõe fragilidade urbana em Valparaíso de Goiás e deixa rastro de estragos

As fortes chuvas que atingiram Valparaíso de Goiás nesta terça-feira (24) transformaram ruas em rios, invadiram comércios e colocaram vidas em risco.

O episódio, que já era previsto em alertas do Inmet, deixou claro que o município segue vulnerável diante de eventos climáticos que se repetem ano após ano, sem que haja medidas estruturais capazes de evitar prejuízos.

Duas mulheres chegaram a ficar ilhadas em meio à enxurrada e precisaram ser resgatadas, enquanto veículos foram arrastados pela força da água. Comerciantes, por sua vez, tiveram prejuízos com lojas alagadas e mercadorias perdidas, escancarando mais uma vez o impacto econômico que recai sobre a população.

O problema, no entanto, não é apenas a intensidade da chuva, mas a falta de infraestrutura urbana preparada para lidar com ela. A drenagem pluvial insuficiente, o crescimento desordenado e a ausência de planejamento urbano eficaz tornam Valparaíso refém de cada tempestade. A Defesa Civil foi acionada, mas a atuação emergencial, por mais necessária que seja, não substitui políticas permanentes de prevenção e resiliência.

É preciso que o poder público assuma responsabilidade concreta: ampliar a rede de drenagem, impor regras mais rígidas de ocupação do solo, investir em obras de contenção e estruturar canais de comunicação de alerta à população. A cada ano, os moradores pagam a conta de um problema que não é novo, mas se agrava diante da inércia administrativa.

As chuvas de hoje não foram apenas um fenômeno climático — foram um lembrete de que sem planejamento urbano sério, Valparaíso continuará transformando água em tragédia.

**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília

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