O tabuleiro político para as eleições presidenciais de 2026 começa a ganhar contornos mais definidos, e o movimento mais significativo até agora veio do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo a jornalista Andreza Matais do Portal Metrópoles, o acordo para que Tarcísio de Freitas concorra à Presidência em 2026 já foi selado com líderes do União Brasil e do PP com o aval de Bolsonaro
Em meio às incertezas sobre sua própria elegibilidade, Bolsonaro tem deixado claro seu apoio ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como o nome da direita para a disputa presidencial no próximo ano.
A escolha não é casual. Tarcísio, ex-ministro da Infraestrutura no governo Bolsonaro, consolidou-se como uma figura de destaque ao assumir o comando do maior colégio eleitoral do país. Sua gestão em São Paulo tem sido usada como vitrine de eficiência administrativa e pragmatismo político, características que o aproximam tanto da ala bolsonarista mais fiel quanto de setores moderados que rejeitam radicalismos.
Bolsonaro, por sua vez, enxerga em Tarcísio a possibilidade de unir a direita em torno de um nome competitivo, capaz de enfrentar o peso da máquina petista em 2026. O ex-presidente sabe que a dispersão de candidaturas pode favorecer novamente o campo da esquerda, e por isso trabalha nos bastidores para garantir que sua base eleitoral transfira apoio de forma natural ao governador paulista.
No entanto, a estratégia não está isenta de desafios. Parte da militância bolsonarista resiste à ideia de abrir mão da liderança direta de Bolsonaro, e adversários internos já se movimentam para testar a força do nome de Tarcísio em pesquisas. Além disso, a capacidade do governador de expandir seu apelo para além do eleitorado conservador será decisiva para viabilizar uma candidatura realmente competitiva em nível nacional.
Seja como herdeiro político de Bolsonaro ou como figura que busca construir sua própria trajetória, Tarcísio de Freitas surge, hoje, como o principal nome da direita para 2026. Resta saber se conseguirá equilibrar a fidelidade ao bolsonarismo com a necessidade de ampliar pontes no centro político, condição indispensável para chegar ao Palácio do Planalto.
Agora é definir a data do anúncio. Um grupo defende esperar até dezembro ou janeiro, sob o argumento de que isso livraria Tarcísio de ser acusado pelos eleitores de usar o governo de São Paulo como trampolim para o Planalto.
Porém, os mesmos políticos afirmam que Bolsonaro é imprevisível e que ele é quem definirá o calendário.
**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília
