O atleta começou a carreira na marcha atlética dentro do Centro de Atletismo de Sobradinho (Caso), por meio de um projeto social dos pais
O campeão na marcha atlética Caio Bonfim, que conquistou o ouro inédito para o Brasil na modalidade, na prova de 20 km, no Mundial de Atletismo, teve seus primeiros passos da carreira em sua cidade-natal, Sobradinho.
O esportista começou a carreira na modalidade dentro do Centro de Atletismo de Sobradinho (Caso), por meio de um projeto social fundado nos anos de 1990 pelos pais do medalhista para democratizar o atletismo na região administrativa.
Durante os treinamentos, o marchador enfrentou dificuldades para ter um local com condições adequadas à prática esportiva. O Estádio Augustinho Lima, único com pista olímpica na localidade, apresenta péssimas condições de manutenção, mas ainda assim não impediu o atleta de continuar lutando pelo esporte.
“O atletismo é um esporte barato para o praticante, mas, para a construção de uma pista, é muito caro. Então, [competir] não é uma coisa fácil. […] Eu sou de Brasília, represento Brasília, moro em Brasília e só consegui treinar graças ao apoio que a Secretaria de Esporte [e Lazer] me deu. […] Brasília não tem iniciativa privada alguma. Eu não tenho patrocínio […]. Meus patrocinadores são a Bolsa Atleta […], a secretaria e os profissionais que me ajudam […]”, comentou Caio em entrevista ao Metrópoles, após a conquista de sua medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 2024.
Para quem viu de perto a dedicação e o empenho do atleta, não é nenhuma novidade o feito e as conquistas que Caio vem conquistando para o Brasil e claro, para o DF. O professor de atletismo do Caso, Jessimare Ribeiro, já havia destacado no ano olímpico, que os resultados apresentados nas outras provas “davam a segurança de termos uma medalha” na modalidade.
As conquistas obtidas, se estendem para os mais de 160 atletas da região administrativa e de outras partes do Distrito Federal e demonstra também Caio como se torna uma inspiração para geração de atletas distritais. Não só isso, como se torna o responsável por uma virada de chave na modalidade e na luta do preconceito que existe em cima da marcha atlética.
Caio agora, além de ter se tornado o primeiro medalhista de ouro representando o Brasil em mundiais, também se isolou como maior medalhista brasileiro na competição. Ele agora possui uma de ouro, uma de prata e duas de bronze. Além claro, da emblemática conquista da medalha de prata nas Olimpíadas de Paris 2024.
Com informações Metropoles.com