Na CPMI do INSS, a senadora Leila Barros (PDT-DF), conhecida nacionalmente desde os tempos de atleta como Leila do Vôlei, voltou a mostrar que não foge de embates diretos. Durante uma sessão acalorada na CPMI do INSS Leila partiu pra cima da deputada Coronel Fernanda (PL-MT), em resposta a provocações e à condução do debate, que vinha sendo marcada por interrupções e ataques de caráter político-ideológico.
Leila, que construiu sua carreira no esporte em quadras onde a disciplina e a intensidade eram regra, transpôs esse estilo combativo para a arena política. Sua reação, firme e elevada no tom, expôs não apenas o desgaste entre governistas e oposição, mas também a dificuldade da CPMI em avançar de forma objetiva nas investigações sobre supostas irregularidades no INSS.
De estatura bastante superior a sua adversária, Leila tentou intimidar a colega. No entanto, esqueceu que ali estava uma coronel da Polícia Militar de Mato Grosso, acostumada a enfrentar bandidos nas ruas de seu Estado e a comandar batalhões repletos de homens e mulheres e que, mesmo “baixinha”, não se intimidou e encarou a ex-jogadora de vôlei.
O episódio reforça um traço da trajetória política da ex-jogadora: a disposição de enfrentar adversários de frente, mesmo que isso a coloque em rota de colisão com figuras influentes da oposição bolsonarista. Para os críticos, sua postura soou como destempero, um excesso de emoção em um espaço que deveria prezar pela racionalidade.
A cena, de todo modo, sintetiza o clima atual no Congresso, marcado pela disputa política do que pela construção de consensos. No caso de Leila, a ex-atleta segue fiel ao seu estilo — de quem aprendeu a virar jogos na marra e não hesita em erguer a voz quando sente que é preciso disputar espaço. Do outro lado, a Coronel Fernanda não abriu mão de seus princípios aprendidos na Academia de Formação de que a voz que tem que ser respeitada é a do Estado.
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**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília – Vídeo O Antagonista