A possibilidade de o Supremo determinar a perda da patente é real, e, se confirmada, representará a consolidação de uma perseguição política jamais vista
O ex-presidente Jair Bolsonaro se prepara para receber a “humilhação final”. Com a condenação no Supremo Tribunal Federal (STF) já armada, o próximo e mais polêmico passo é a possível cassação de sua patente de capitão da reserva do Exército. A decisão, que se desenha como uma batalha de bastidores, aponta para uma derrota que pode ferir a honra de Bolsonaro de forma mais profunda do que a perda dos direitos políticos.
A medida é de competência do Superior Tribunal Militar (STM), que defende com veemência a exclusividade de poder tirar a patente de um militar. Mas o STF, que já puxou para si o julgamento dos réus do 8 de janeiro, pode atropelar o tribunal militar novamente. A possibilidade de o Supremo determinar a perda da patente é real, e, se confirmada, representará a consolidação de uma perseguição política jamais vista.
A manobra do STF, liderada pelo ministro Alexandre de Moraes, vai além do caso do ex-presidente. A decisão de julgar e punir militares sem a participação da Justiça Militar é uma tentativa de enfraquecer a autonomia das Forças Armadas. A guerra de poderes demonstra que o STF está disposto a tudo para desmoralizar e retaliar não só o ex-presidente, mas também as instituições que esboçaram o apoiar. Com a condenação e a perda de seus direitos políticos, o ex-presidente fica fora do páreo eleitoral para 2026.
