Para que ainda tinha dúvidas de que as escolhas políticas visando 2026 no DF não tinham nomes já definidos desde 2023, um jantar oferecido pelo Bispo JB Carvalho, em sua residência, pôs fim em qualquer especulação doravante.
O evento aconteceu na noite de terça-feira, dia 24, no qual participaram Ibaneis Rocha e parte do clã Bolsonaro, Jair, Michelle e o filho Flávio Bolsonaro. Se a fraca oposição brasiliense ainda torcia para que a trinca (Celina, Ibaneis e Michelle) fosse por água a baixo, agora terão que engolir e se virar nos trinta para fazer frente a essa galera.
O encontro fortaleceu ainda mais a aliança política solidificada que existe entre o MDB, o Partido Liberal e o Partido Progressista, que tem a vice-governadora Celina Leão como pré-candidata ao governo do Distrito Federal.
Dentro desse pacote que vem sendo construído por Ibaneis Rocha desde o fim da campanha eleitoral de 2022, quando se elegeu no 1º turno, quebrando o paradigma de que o Distrito Federal jamais elegeu um governador no primeiro turno da eleição, Ibaneis vem trabalhando para garantir a maior aliança partidária da história política de Brasília.
Além do MDB, PL e PP, União Brasil, Republicanos, PSD de Paulo Octávio, além de alguns partidos nanicos, continuam na base do governo ibanesista.
Apesar disso, alguns ensaios que já viraram modismo no Distrito Federal, com alguns atores inexpressivos do ponto de vista eleitoral se anunciando como candidatos ao Buriti, persistem sem nenhum incômodo.
É o caso da candidatura água de lima de Izalci Lucas (PL) e de Fred Linhares (Republicanos) emprenhada pelos ouvidos por Wanderley Tavares.
O alinhamento com os Bolsonaro, ocorrido na noite de ontem, impõe perfeitamente o quanto a força e a influência política de Ibaneis Rocha são importantes para eleger dois senadores, a governadora Celina Leão e uma fabulosa bancada de deputados federais e distritais em 2026.
O DF tem se consolidado como um reduto político de direita, conforme apontado por análises recentes.
Nas eleições de 2022, candidatos alinhados à direita, como Jair Bolsonaro e Ibaneis Rocha, obtiveram mais de 50% dos votos no primeiro turno, enquanto Damares Alves foi eleita senadora com quase 45% dos votos, uma forte inclinação conservadora no eleitorado Brasiliense, especialmente em disputas majoritárias.
Já a esquerda, representada por partidos como o PT, enfrenta dificuldades no DF.
Apesar de Lula ter liderado algumas pesquisas de intenção de voto em 2022, a base eleitoral da esquerda é significativamente menor que a da direita.
Em uma recente análise, o distrital Gabriel Magno (PT) chegou a destacar que a esquerda não consegue competir pelo centro e perde espaço para a direita, que capitaliza o sentimento conservador.
Diante dessa observação, Ibaneis Rocha é uma figura central no cenário político local, alinhado à direita conservadora e ao bolsonarismo desde 2018.
O encontro com Bolsonaro foi a senha de que Ibaneis tem mantido a sua firme posição de se manter distanciado de Lula.
O governador tem fortes motivos de sobra para isso. Lula o acusou injustamente e mentiu ao tentar envolver o governador do DF no horrendo caso de 8 de janeiro.
Da redação com informações RadarDF