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CBF e seu presidente, Ednaldo Rodrigues, na mira da oposição

O anúncio da contratação do treinador italiano Carlo Ancelotti para o comando da seleção brasileira de futebol, que buscará o hexacampeonato na Copa do ano que vem, não foi o suficiente para acalmar a oposição no país

Parlamentares de oposição ao governo Lula no Congresso propõem a criação de 3 CPIs contra Ednaldo Rodrigues, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e, de quebra, querem pegar seu “padrinho” Gilmar Mendes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).

“A gente naturalmente tem essa dúvida (sobre a relação de Ednaldo e Gilmar). Nós queremos saber o que está acontecendo e nada melhor do que uma CPI para apurarmos isso”, disse o senador Eduardo Girão (Novo-CE), em uma declaração ao Estadão.

Aliado de Ednaldo, Gilmar foi o responsável pela decisão monocrática que reconduziu o presidente da CBF ao comando da instituição após o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) ter ordenado o seu afastamento. O ministro também mantém relações comerciais e pessoais com o presidente da confederação, mas em nenhum momento durante a tramitação do processo se declarou impedido de julgar o caso ou de atuar como relator. Procurados, Gilmar e Ednaldo não quiseram se manifestar. Parlamentares envolvidos na articulação defendem apuração do caso.

Gilmar Mendes é fundador do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), o qual tem contrato firmado com a CBF. “Em abril, o ministro concedeu uma liminar que anulou a decisão da Justiça do Rio e reconduziu Ednaldo à presidência. Pouco tempo depois, a CBF firmou uma generosa parceria com o IDP. Isso precisa ser investigado. É gravíssimo o conflito de interesses. O ministro deveria ter se declarado impedido, o que não aconteceu”, disse o senador Eduardo Girão.

“Tais fatos que apontam para interesses privados de alta monta, levantam sérias dúvidas sobre a isenção e a imparcialidade do Ministro na condução do processo que afetava diretamente a permanência de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF”, argumentou Girão na justificativa para instalação da CPI.

“A proximidade temporal entre a assinatura do contrato e a decisão do STF, que beneficiou o atual mandatário do futebol brasileiro, agrava sobremaneira a suspeita de conflito de interesses e a potencial influência da relação comercial na decisão judicial”, completou.

Para o torcedor brasileiro, alheio às questões políticas dos bastidores, o que interessa é a conquista do hexacampeonato pela seleção canarinho. Torcem para que as brigas políticas não entrem em campo e baguncem o tão sonhado título que colocaria o país mais distante ainda daqueles que ainda tem dúvidas de que o Brasil seja o país do futebol.

Vamos aguardar…

Da redação com informações ESTADAO – Foto: Portal Opinião Brasília – Jorge Poliglota

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