A Polícia Federal desencadeou uma operação nesta quarta-feira (23) com o objetivo de cumprir 211 mandados judiciais de busca e apreensão, seis mandados de prisão temporária, além de ordens de sequestro de bens no valor de mais de R$ 1 bilhão, por supostas fraudes no INSS
Para a Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU), trata-se de uma das mais importantes e delicada operação da PF. Lula foi comunicado quando a operação foi deflagrada em uma reunião hoje cedo no Palácio da Alvorada.
De acordo com investigações da Polícia Federal, a fraude consistia em descontos irregulares por entidades que representavam aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), onde parte dessas mensalidades eram desviadas.
A investigação atingiu em cheio o governo Lula, que não consegue se desvencilhar do estigma de corrupção em órgão federais, principalmente aqueles comandados por aliados de esquerda. O custo disso foi o afastamento imediato do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, filiado ao PSB e mais seis servidores públicos de carreira do órgão.
O presidente do PSB, Carlos Siqueira, disse que a escolha de Alessandro para comandar o órgão foi feita sem uma consulta formal ao partido.
Crimes e Estados da Operação
A operação da Polícia Federal foi realizada em 13 Estados mais o Distrito Federal, onde está a sede do órgão (INSS). Caso seja comprovado a participação dos acusados eles podem ser condenados por seis crimes (corrupção ativa, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, falsificação de documento, organização criminosa e lavagem de capitais).
Alagoas, Amazonas, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, São Paulo e Sergipe foram os Estados onde a operação foi desencadeada simultaneamente, inclusive o Distrito Federal.
**Poliglota é jornalista e Editor-chefe do Portal Opinião Brasília